Nesta segunda-feira (7), um grupo de 13 conselheiros do Flamengo encaminhou ao Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro (MPRJ) uma solicitação para que investigue o encontro da delegação do clube, após a vitória na Libertadores, com o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições.
Por Kaique Moraes, compartilhado de DCM
Na foto: O presidente Jair Bolsonaro (PL) recepcionou os jogadores do Flamengo após ser campeão da Libertadores da América- Foto: Reprodução/Redes Sociais
O encontro aconteceu no Galeão, que abriga o Aeroporto Tom Jobim, quando o time chegava do Equador, e incluiu jogadores e a cúpula flamenguista, incluindo o presidente do time Rodolfo Landim e seu vice, Marcos Braz, que foram recepcionados por Bolsonaro.
A representação foi enviada à procuradora Neide Cardoso pelo escritório Flora, Matheus & Mangabeira, que representou o grupo de conselheiros. No documento, constam pontos do Estatuto Social do Flamengo que foram contrariados com a presença de Bolsonaro no desembarque dos atletas. Caso o MPE aceite a representação, deverá compreender se houve ou não ilegalidades.
Foi da proibição de envolvimento da instituição em “campanha de qualquer natureza, estranha aos seus objetivos” e da obrigação de que seus diretores atuem de maneira impessoal, portanto, tal qual, apartidária. Com informações da coluna de Lauro Jardim, no Globo.
O documento ainda revelou que o Flamengo pode ter sido usado como objeto de propaganda eleitoral irregular, dada a vedação no dia da eleição, e de abuso de poder político por parte do presidente na disputa contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante o pleito, imagens foram divulgadas massivamente na mídia e nas redes sociais, tanto pelo presidente, quanto por seus filhos.
