Por Carlos Eduardo Alves, jornalista, no Facebook –
Jack no caso Marielle
1 – No meio de tantas estranhezas, uma obviedade: a prisão de prováveis culpados obedeceu ao calendário, Sabendo-se que a quinta-feira seria do noticiário apontando a vergonha do um ano de investigação sem resultado, MP e Polícia apressaram o passo. Qual outra razão de a cana só sair agora?
2 – Grave, muitíssimo, é a revelação que os presos foram informados com antecedência que a casa caíra. Dá para confiar numa operação assim?
3 – Pior ainda é o caminho que Policia e MP ensaiam ao atribuir as execuções de Marielle e Anderson a um “crime de ódio”. É evidente que se trata de um crime político.
4 – O espantoso patrimônio do PM provável executor prova que ele não mata por outra razão que não seja dinheiro. Óbvio que foi pago para eliminar a vereadora carioca. Quem mandou matar?
5 – É assustadora a maneira clara com que membros da Polícia do Rio e da PF manobraram para que não se chegasse aos autores, principalmente levantando hipóteses falsas de executores e mandantes. O aparelho policial do Rio está podre.
6 – Se fosse feito um Power Point ao estilo Dallagnol, não haveria como excluir a família Bolsonaro e sua ligação, às vezes direta, com os milicianos citados no caso. Nem se cita aqui a vizinhança do PM abastado com Bolsonaro, mas sim os elos evidentes de milicianos com a família Bolsonaro.
7 – É de se perguntar o que aconteceria se Lula fosse pai de um filho que namorasse a filha de um assassino? Muito mais ainda, se esse criminoso morasse, ainda que por coincidência, no mesmo edifício de Lula? E, por fim, se um dos envolvidos em execução que chocou o mundo tivesse tirado uma foto com Lula? Merval e GloboNews estariam exigindo a prisão do petista? O JN dedicaria uma edição inteira com declarações da PF dizendo que não era possível a inocência de Lula diante de tantas coincidências?
8 – O delegado do caso afirma que o provável assassino
tem “obsessão” por gente de esquerda. Caro delegado, ele não é o único na Barra da Tijuca, talquei?
