Covardes

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Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado

 

A prudência dos covardes  assemelha-se à luz das velas; ilumina mal, porque treme  (Victor Hugo)




 

Covardes, aqueles que um dia foram torturados pela ditadura militar e hoje beijam os pés daqueles que fazem apologia à tortura, ao genocídio, em nome de um emprego com visibilidade nas telas e nas páginas de jornais.

 

Covardes, aqueles que contribuíram para o golpe contra Dilma Rousseff, mesmo sabendo que os argumentos para o seu impeachment eram falsos.

 

Covardes, aqueles que deram substância ao governo “Fora, Temer”, mesmo sabendo que este poderia se o primeiro degrau para o fascismo que se desenhava e se concretizou.

 

Covardes, aqueles jornalistas que escondidos no argumento “tenho família para sustentar”, escreveram pelo patrão com tintas bem mais fortes, mentindo, apoiando verdadeiros corruptos, contribuindo, entre outras mazelas,  para que um juiz ladrão tomasse ares de paladino da justiça.

 

Covardes, aqueles que apoiaram as falsas premissas para a prisão de Lula, impedindo que este se candidatasse e que a vontade de grande parte da população prevalecesse.

 

Covardes, aqueles eleitores que mesmo conhecendo toda a prática de um fascista, genocida, votaram neste em detrimento a um professor com biografia humanista.

 

Covardes, aqueles que cobram autocrítica do PT, mas não reconhecem que contribuíram para que o Brasil seja hoje uma pilha de 400 mil cadáveres, vítimas da pandemia, é verdade, mas uma pandemia incrementada por um governo genocida.

 

Covardes, aqueles que se dizem de esquerda, mas que torcem para que Lula caia em desgraça para não se candidatar, de olho no seu espólio eleitoral.

 

Covardes, aqueles artistas lacaios do fascismo ou que se aboletam em cima do muro, assistindo sem dar um pio á destruição do Brasil.

 

Covardes, aqueles que do alto de suas estrelas, de seus falsos poderes, se escondem num shopping para tomar vacina. Se disfarçam, se escondem, para não descontentar o chefe que prega e pratica o genocídio. Falam dos “netos maravilhosos”. O que pensarão um dia estes netos desses avós covardes?

 

Covardes, aqueles que patrocinam o fim das políticas e empresas públicas, se vendendo ao “deus” mercado. Aqueles que vendem a soberania do Brasil por uns trocados.

 

Covardes, aqueles que não providenciaram vacina para imunizar a população brasileira, contribuindo para milhares de mortes.

 

Covardes, aqueles que não dão o braço a torcer, reconhecendo que vivemos no Brasil do genocídio.

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