Publicado em Brasil 247 –
O jornalista Bernardo Mello Franco publica neste domingo, em O Globo, coluna que aborda o grau de preocupação que a CPI Mista das Fake News desperta no governo Bolsonaro. “A comissão começou a funcionar na última terça. Foi uma estreia tumultuada. O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que prefere atuar nos bastidores, assumiu o papel de líder da tropa de choque do governo. Ele se esforçou para barrar a convocação de um representante do WhatsApp, o aplicativo de mensagens instantâneas que mudou a forma de fazer campanha”, escreve o jornalista
247 – O jornalista Bernardo Mello Franco publica neste domingo, em O Globo, coluna que aborda o grau de preocupação que a CPI Mista das Fake News desperta no governo Bolsonaro. “A comissão começou a funcionar na última terça. Foi uma estreia tumultuada. O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que prefere atuar nos bastidores, assumiu o papel de líder da tropa de choque do governo. Ele se esforçou para barrar a convocação de um representante do WhatsApp, o aplicativo de mensagens instantâneas que mudou a forma de fazer campanha”, escreve o jornalista.
Mello Franco relata como os bolsonaristas estão empenhados em impedir o funcionamento da CPI. “Entre reclamações, protestos e questões de ordem, os bolsonaristas passaram uma hora e meia tentando impedir que a comissão funcionasse. A deputada Caroline de Toni (PSL-SC) explicou o motivo de tanta apreensão. ‘Isso aqui é um tribunal de exceção para julgar o nosso presidente, para julgar a sua campanha’, discursou”.
No momento – informa o jornalista – os requerimentos aprovados não fazem referência a nenhum partido, convocando apenas representantes de empresas como Google, Twitter e Facebook. Mas, numa segunda etapa, “seriam ouvidos políticos, marqueteiros e empresários suspeitos de financiar ataques virtuais. É o que o PSL tentará evitar a qualquer custo” – pontua.
O colunista lembra que no TSE, “a ação que deveria apurar os disparos em massa pela campanha de Jair Bolsonaro caminha a passos de tartaruga. Na CPI, o governo tem menos garantia de que conseguirá controlar o ritmo da investigação. A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) já anunciou a intenção de convocar o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), que controla as redes sociais do pai”.
“Há nove dias, o presidente resolveu antecipar sua defesa. Em discurso no Planalto, ele afirmou: ‘Eu nada fiz de errado durante a campanha. Foi quase toda ela feita pelo Zero Dois, o Carlos’. O tema da solenidade era a nova carteirinha estudantil, e ninguém havia perguntado nada sobre as eleições de 2018”.