Qualquer coisa que eu escreva aqui, será chover no molhado. O terrorismo, sempre condenável, nem sempre é condenado.

Por Mouzar Benedito, compartilhado de BoiTempo

na foto: Tanques israelenses Merkava em meios às ruínas de Gaza, em 1 de novembro de 2023.
Foto: IDF Spokesperson’s Unit (WikiCommons).

A gente se horroriza com bombas e tiros matando inocentes, mas os poderosos do mundo aceitam como “normal” o terrorismo mais ampliado, praticado não por grupos, mas por um Estado. Dizem combater o terrorismo sendo mais terroristas ainda, bombardeiam até as forças de paz da ONU, sem contar escolas cheias de crianças e hospitais. Mortes de inocentes aos montes? Culpa deles, que estavam ali. 

Então, não vou me estender. Limito-me a publicar frases que colhi sobre o assunto. Incluo umas de que discordo e até me deixariam perplexo se não tivesse ouvido coisas semelhantes ditas com a maior cara de pau.

Eduardo Galeano: “No manicômio global, entre um senhor que julga ser Maomé e outro que acredita ser Buffalo Bill, entre o terrorismo dos atentados e o terrorismo da guerra, a violência está nos arruinando”.

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Umberto Eco: “Terroristas não saqueiam para possuir nem matam para saquear. Matam para punir e purificar através do sangue”.

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Papa Francisco: “Os direitos humanos são violados não só pelo terrorismo, a repressão, os assassinatos, mas também pela existência de extrema pobreza e estruturas econômicas injustas, que originam as grandes desigualdades”.

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Francis Ford Coppola: “A raiz do problema do terrorismo é a injustiça, a pobreza, a exclusão. Deve ser tratado removendo essas causas”.

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Giulio Andreotti: “Se eu tivesse nascido num campo de refugiados do Líbano, talvez também me tivesse tornado um terrorista”.

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Niki de Saint Phalle (pintora e escultora francesa): “Tive a sorte de encontrar a arte, porque tinha, em nível psicológico, tudo o que precisava para me tornar uma terrorista”

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Vladimir Putin: “O terrorismo não tem nacionalidade ou religião”.

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Lênin: “Somos favoráveis ao terrorismo organizado — isto deve ser admitido francamente”.

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Denzel Washington (no filme Chamas da Vingança): “Perdoar os terroristas é missão de Deus, enviá-los até Ele é missão minha”.

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Carlos Drummond de Andrade: “O artista plástico violenta a realidade para melhor ou para pior; é um terrorista bem ou malsucedido”.

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Mahatma Ghandi: “O terrorismo e as mentiras são armas dos fracos, não dos fortes”.

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Jungen Habermas: “Não se sentir responsável pelos danos faz parte da essência do terrorismo”.

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Autor desconhecido: “A fé pode não mover montanhas, mas derruba prédios”.

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Noam Chomsky: “O atentado ao World Trade Center foi atroz, mas não é novidade. Violência desse tipo é muito frequente, só que acontece em outros lugares”.

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Chomsky, de novo: “A matança desenfreada de civis inocentes é terrorismo, não uma guerra contra o terrorismo”.

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Chomsky, mais uma vez: “O melhor meio de os Estados Unidos combaterem o terrorismo é deixarem de ser um dos principais terroristas do mundo”.

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Hosni Mubaraki (antes da invasão do Iraque pelos EUA): “A guerra produzirá centenas de Bin Laden”.

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Harold Pinter: “A invasão do Iraque foi um ato de banditismo, um ato flagrante de terrorismo de Estado, uma demonstração de absoluto desrespeito ao direito internacional”.

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Hillary Clinton: “Cada nação tem que estar conosco, ou contra nós. Aqueles que abrigam terroristas, ou financiam, vão pagar um preço”.

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Carl Jung: “Onde acaba o amor, tem início o poder, a violência e o terror”.

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Fidel Castro: “Somos e seremos contra o terrorismo e contra a guerra”,

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Benazir Bhutto: “A democracia é necessária para a paz e para minar as forças do terrorismo”.

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Yitzhak Rabin: “Devemos combater o terrorismo como se não existisse um processo de paz e trabalhar para alcançar a paz como se não existisse terror”.

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Ariel Sharon (!) “Todos os países que buscam a paz deveriam rezar para que as forças israelenses tenham sucesso em sua missão, porque é apenas eliminando e erradicando o terror que chegaremos a uma paz duradoura”.

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Alan Dershowitz: “A guerra assimétrica é um eufemismo para terrorismo, tal como os danos colaterais são um eufemismo para matar inocentes”.

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Nadia Murad: “Os líderes políticos que travam guerras são os maiores terroristas da humanidade”.

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Nadia Murad, de novo: “Há muitos muçulmanos que querem o bem de toda a humanidade e que por isso se tornam os primeiros alvos do terrorismo. Confundir conceitos é um crime não menor que os dos extremistas”

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Yuvar Noah Harari: “A coisa mais perigosa sobre o terrorismo é a reação exagerada a ele”.

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Anna Lindh: “O terrorismo nunca pode ser aceito. Devemos combatê-lo em conjunto, com métodos que não comprometam o nosso respeito pelo Estado de direito e pelos Direitos Humanos, nem que sejam usados como desculpa para que outros o façam”. 

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Adelina Dokja: “O terrorismo islâmico chama-se petróleo”.

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Yasmina Khadra: “É claro que devemos combater os terroristas com firmeza, mas é absolutamente necessário visar a mão que os alimenta”.

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Asma Jahangir: “O terrorismo não desaparece com táticas de vingança, mas sim através de concretização de justiça e da igualdade perante a lei”

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Malala Yousafzai: “Mas para mim o melhor modo de lutar contra o terrorismo e o extremismo é fazer uma coisa simples: educar a próxima geração”.

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Leon Uris: “O terrorismo é a guerra do pobre e a guerra é o terrorismo do rico”.

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Paul Johnson: “A democracia tem muitos inimigos e o terrorista é apenas um deles”.

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Edwar R. Murrow: “Ninguém pode aterrorizar uma nação inteira, a menos que sejamos seus cúmplices”.

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James Brown: “Não pratique o terrorismo. Pratique a organização. Não queime as crianças. Dê a elas uma chance de aprender. A verdadeira resposta para o racismo no país é a educação. Não traumatizando e matando. Esteja pronto. Seja qualificado. Seja alguém. Mereça algo. Isso é black power”.

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Marjorie Taylor Greene: “O Partido Democrata é o partido do terrorismo doméstico”.

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Osama Bin Laden: “O que os Estados Unidos experimentaram agora é só uma cópia do que nós temos experimentado. Nossa nação islâmica tem vivido a mesma coisa por mais de 80 anos, humilhação e desgraça, seus filhos mortos e seu sangue espalhados, suas santidades profanadas…”.

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Gino Strada: “A guerra é a forma moderna de terrorismo mais difundida”.

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Fabrício Carpinejar: “O luto é destinado aos que amam amar. Vinga-se a pessoa que odeia amar, odeia continuar amando. É o encontro do mais extremo ódio com o mais extremo amor. A união de dois terrorismos”.

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Hassan Dahir Aweys: “Eu sou um nacionalista somaliano lutando para uma Somália livre e unida, e isso é considerado pela administração americana como terrorismo”.

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Madonna: “Qual a diferença entre uma estrela pop e um terrorista? Você pode negociar com um terrorista”.

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François-René de Chateaubriand: “Não há nada mais servil, desprezível, covardemente e tacanho que um terrorista”.

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Yasser Arafat (em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, que lhe perguntou se daria provas de firmeza contra a violência perpetrada por ativistas palestinos): “Você está me pedindo isso enquanto eu estou totalmente cercado pelas tropas israelenses? Ora, você é um excelente jornalista, deveria respeitar sua profissão! Você tem que ser respeitosa quando fala com o general Yasser Arafat. Cale-se! Você está defendendo, com tais perguntas, as atividades terroristas da ocupação israelense e os crimes de Israel. Seja justa, por que comete tais erros?”.

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Mikhail Kalashnikov (inventor do fuzil AK-47): “Quando vejo na televisão Bin Laden com seu AK-47, fico revoltado. Mas o quer posso fazer? Os terroristas não são bobos: também escolhem as armas mais confiáveis”. 

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Álvaro Uribe: “Os que assim torturam merecem ser tratados de outra forma que não seja terroristas? De maneira nenhuma”.

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Giorgio Agamben: “Aos olhos da autoridade – e, talvez, tenha razão – nada se assemelha melhor ao terrorista que o homem comum”.

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Kay Kay Menon: “O terrorismo não é um sinal de coragem. Significa covardia”.

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Adolf Hitler: “O terrorismo é a melhor arma política, pois nada motiva mais as pessoas do que o medo de uma morte súbita”.

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Bertrand Russell: “O próximo passo [num governo fascista] é encantar os tolos e amordaçar os inteligentes, com excitação emocional por um lado, e terrorismo por outro”.

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Michael Moore: “Se você conseguir convencer um povo de que o inimigo está em toda parte e pode atacar a qualquer momento, esse povo concorda em se colocar nas mãos do seu líder. Liberdade, direitos civis…”. 

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Condoleezza Rice: “Estamos num mundo onde a possibilidade o terrorismo, combinada com a tecnologia, pode fazer-nos arrepender de ter agido”.

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Philippe: Geluck: “Terrorismo, mísseis ou poluição são palavras maiores do que cocô, merda ou orgulho”.

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Angela Merkel: “Respondemos aos terroristas vivendo os nossos valores com coragem”.

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Muammar el-Gaddafi: “O Ocidente vê os movimentos de libertação como movimentos terroristas, e é por isso que sou acusado de apoiar o terrorismo: porque apoio os movimentos de libertação”.

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Mel Gibson: “Sou politicamente incorreto, isso é verdade. O politicamente correto é apenas terrorismo intelectual”.

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Maximilien de Robespierre: “Virtude sem terror é funesta; terror sem virtude é ineficaz. Terror não é nada mais do que a imediata, severa e inflexível justiça”.

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Victor Hugo (em Os miseráveis): “Bem despotismo nem terrorismo. Queremos um progresso gradual”.

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Hannah Arendt: “Uma diferença fundamental entre as ditaduras modernas e todas as outras tiranias do passado é que o terror não é mais usado como meio para exterminar e assustar os oponentes, mas como um instrumento para governar massas de pessoas que são perfeitamente obedientes”.

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Malcolm X: “A mais perigosa criação no mundo, em qualquer sociedade, é um homem sem nada a perder”.