Publicado em Brasil 247 –
Deputado cassado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), solicitou para testemunhar em seu favor na ação penal que responde na Lava Jato o presidente Michel Temer, seu ex-aliado político; da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, Cunha tem mandado recados ao presidente e aliados no Congresso, de que poderá revelar o que sabe para proteger a esposa e filhos da prisão; arquiteto do golpe contra Dilma Rousseff é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro; ex-presidente Lula também foi incluído entre as testemunhas, mas Temer é quem corre riscos, uma vez que Cunha foi tesoureiro informal do PMDB nos últimos anos
O deputado cassado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), solicitou como testemunhas defesa o presidente Michel Temer, o ex-presidente Lula e outras 20 pessoas, para falarem em seu favor nas ações penais no âmbito da operação Lava Jato.
No caos de Temer, trata-se de quase uma ameaça, uma vez que os dois foram íntimos parceiros políticos nos últimos anos e Cunha atuou como uma espécie de tesoureiro informal do PMDB. Ele também tem sinalizado que pode vir a fazer uma delação premiada caso não cessem os processos que podem atingir sua esposa e seus filhos.
Também na lista da defesa do ex-deputado, protocolada na Justiça Federal nessa terça-feira, 1º, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB), o ex-senador Delcídio do Amaral, os deputados federais Mauro Ribeiro Lopes (PMDB-MG), Leonardo Quintão (PMDB-MG) e José Saraiva Felipe (PMDB-MG), o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, ex-deputados federais, entre outros.
Cunha é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. Os advogados negam esta acusação. A defesa de Cunha pediu que a denúncia contra o ex-deputada seja rejeitada. Pediu também rejeição da acusação de corrupção passiva.
A convocação das testemunhas é solicitada caso os outros pedidos da defesa não sejam aceitos.