Cúpula do banco ofereceu promoções, transferências e cursos para que as denúncias contra o presidente da Caixa não fossem levadas adiante
Compartilhado de Brasil 247
247 – A cúpula da Caixa Econômica Federal tinha conhecimento dos casos de assédio sexual feitos pelo presidente da Instituição, Pedro Guimarães, e acobertado as denúncias por meio do oferecimento de promoções e outras vantagens. De acordo com o blog da jornalista Ana Flor, do G1, o acobertamento teria sido confirmado por três ex-integrantes dos conselhos de Administração e Fiscal da instituição.
Ainda segundo a reportagem, os primeiros casos de assédio envolvendo Guimarães chegaram aos canais de denúncia da instituição financeira pouco após ele assumir a presidência do banco, em 2019.
“Além de pressionar subordinados com demissão, Guimarães usava a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro para garantir o silêncio dentro do banco”, diz o jornalista no texto.
“Segundo os relatos ouvidos pelo blog nesta quarta-feira (29), mulheres vítimas do assédio de Guimarães que aceitavam não levar adiante as denúncias foram transferidas, receberam cargos em outras instituições públicas ou ficavam temporadas no exterior, em cursos. Já quem ajudava Guimarães a acobertar os casos chegou a receber promoção”, destaca a reportagem.
Outros executivos teriam pedido demissão em função dos casos de assédio sexual e moral feitos por ele.