Dallagnol apoia Bretas, acusado de negociar penas, e apanha nas redes

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Por Lucas Vasques, compartilhado da Revista Fórum – 

“Quem diria que um procurador que fez conluio com juiz, está manifestando apoio a juiz acusado de fazer conluio, né?”, postou um seguidor

O procurador Deltan Dallagnol, ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, foi às redes sociais para manifestar apoio e solidariedade ao juiz federal Marcelo Bretas, após denúncias de que o juiz da Lava Jato do Rio de Janeiro participava de um esquema de negociação de penas.

“Tem toda minha confiança e solidariedade. A nota do MPF ficou muito esclarecedora também. Sigam firmes. Estão fazendo um excelente trabalho”, publicou Dallagnol, em resposta a uma postagem de Bretas, na qual ele compartilhou uma nota de apoio da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).




A declaração provocou reação em internautas. “Quem diria que um procurador que fez conluio com juiz, está manifestando apoio a juiz acusado de fazer conluio, né?”, postou um seguidor.

“Leva pra casa e dá um beijinho nele. Ele deve tá se sentindo triste e solitário”, disse outro.
Mais uma: “Deixe-me entender. A delação do Palocci, inclusive, rejeitada pelo mpf (minúsculo mesmo) pode ser vazada. A delação do advogado, considerando apenas que ainda não foi homologada, é imprestável. É vcs têm certeza que sou boba”.

“E era esse tipo de vazamento canalha, sem provas que a lava jato usava como arma para desmoralizar e desacreditar as pessoas. Vocês fizeram isso e agora são vítimas. Mas vamos esperar a homologação e a investigação”, tuitou outro.

“A solidariedade do Deltan ao Bretas parece a imagem de dois paus de madeira podres se apoiando. Ou de um bêbado dizendo para o outro ‘EU TE ADMIIIIRO’”.

Deleção premiada

O caso se tornou público depois de delação premiada do advogado Nythalmar Ferreira.

Segundo ele, Bretas está longe de ser um juiz imparcial e “se comporta como policial, promotor e juiz ao mesmo tempo: negocia penas, orienta advogados, investiga, combina estratégias com o Ministério Público, direciona acordos, pressiona investigados, manobra processos e já tentou até influenciar eleições, mas claro, tudo à margem da lei”.

Dallagnol e procuradores da Lava Jato de Curitiba também são acusados de manipular processos e provas, em conluio com o ex-juiz Sergio Moro.

 

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