“Com essa história de biometria, o Judiciário brasileiro não se contentou em cassar e caçar o Presidente Lula. Agora, cassaram o povo nordestino” protestou o deputado federal Wadih Damous (PT/RJ) contra a decisão da maioria dos ministros do STF que decidiram pelo cancelamento dos títulos eleitorais de 3,3 milhões de pessoas, sobretudo do norte e nordeste do país.
O julgamento foi provocado pelo PSB ao solicitar que a Justiça Eleitoral não cancelasse o direito ao voto dos eleitores que não fizeram o cadastro biométrico. O relator, ministro Roberto Barroso, votou pelo cancelamento. Os ministros Luiz Fux, Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia seguiram o relator. A ministra Rosa Weber, presidente do TSE, e o ministro Celso de Mello declararam-se suspeitos e não participaram do julgamento.
Eugênio Aragão, advogado do PT, que é amicus curiae no processo, afirmou que a maioria das pessoas que estão com títulos cancelados é pobre. “Os que não fizeram o recadastramento não tiveram em sua maioria informação, meios ou recursos para cumprir as normas do TSE”.
Advogado do PSB, Daniel Sarmento afirmou que o cancelamento de título atinge pessoas humildes. “Pedimos que o povo não seja expelido para periferia da história e que possa lutar na urna pelo seu direito à liberdade”.
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