Publicado em Jornal GGN –
Pesquisa confirma deterioração da imagem do presidente após 8 meses de gestão; Bolsonaro disse querer concorrer a reeleição em 2022
Jornal GGN – Em outubro do ano passado, Jair Bolsonaro (PSL) venceu Fernando Haddad (PT) nas eleições presidenciais com uma diferença de dez pontos (55,13% contra 44,87%) dos votos válidos, excluindo brancos, nulos e indecisos.
Passados oito meses de gestão, o Datafolha divulga que, se o segundo turno fosse hoje, Haddad seria eleito com 42% dos votos contra 36% do capitão da reserva.
O instituto de pesquisa ouviu 2.878 pessoas entre 29 e 30 de agosto, maiores de 16 anos em 175 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%. No levantamento, 18% disseram que votariam branco ou nulo e 4% não souberam responder.
O Datafolha mostra ainda que a rejeição de Bolsonaro como presidente passou de 33% para 38% em relação ao levantamento feito em julho. Já a aprovação de Bolsonaro variou para baixo, ainda dentro do limite da margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, passando de 33% em julho para 29% na pesquisa mais recente. A avaliação do governo ficou estável, passando de 31% para 30%.
Entre os que declararam preferência por Bolsonaro no ano passado, 74% afirmam na pesquisa mais recente que se a eleição fosse hoje manteriam seu voto no capitão da reserva, outros 10% migrariam o voto para Haddad e 13% votariam branco ou nulo.
Já entre os que votaram em Haddad em outubro passado, 88% manteriam o voto, 4% mudariam para Bolsonaro e 6% votariam nulo ou branco.
A pesquisa Datafolha aponta ainda que Haddad abre vantagem em diferentes segmentos da sociedade, caso o segundo turno fosse hoje.
Entre os desempregados, o petista teria 52% dos votos e Bolsonaro 26% – 19% votariam branco ou nulo. Entre os empresários, Bolsonaro venceria com 61% dos votos e Haddad teria 26%.
Entre os aposentados, Bolsonaro seria eleito com 43% contra 33% de Haddad. Mas entre os estudantes Haddad venceria, por 50 a 32%. No grupo de jovens entre 16 e 24%, Haddad apresenta vantagem chegando a 51% contra 31% das intenções de voto. Bolsonaro, porém, ainda venceria na população acima de 60 anos: por 34% a 41%.
Entre os pardos (43% a 36%), pretos (53% a 26%), amarelos (44% a 30%) e indígenas (40% a 34%), Haddad venceria se as eleições fossem hoje. O petista perderia apenas entre os brancos (36% a 43%).
Já entre os evangélicos, Bolsonaro sairia vitorioso novamente com 47% das intenções de voto contra 32%. Haddad, porém, manteria a preferência entre os católicos, 46% a 33%.
A reportagem da Folha lembra que o presidente Bolsonaro tem intenção de concorrer a reeleição em 2022. “Pegamos um país quebrado moral, ética e economicamente, mas se Deus quiser nós conseguiremos entregá-lo muito melhor para quem nos suceder em 2026”, disse ele em julho passado.
Já o PT deve considerar lançar a candidatura de Fernando Haddad, principalmente se o ex-presidente Lula continuar preso em Curitiba.