Por Carlos Eduardo Alves, jornalista, no facebook
Ecos do DataFolha. Se vai ser com emoção ou não o final do primeiro turno está um pouco em saber para onde irão os votos da hemorragia de Marina. Uma boa possibilidade é que eles migrem para Ciro. Uma parte já foi para Haddad (ou voltou ao lulismo, melhor dizendo). Alckmin não tem mais saída: se não partir para cima de Bolsonaro não tem jeito.
A tão elogiada estratégia do PT ao alongar o lançamento de Haddad não resiste aos números. É evidente que Ciro avançou numa franja de classe média simpática ao PT. Em Política, não se permite espaço vazio. Alguém ocupa.
Mas a subida de Ciro, se houver lógica, não será suficiente para deter Haddad. Uma prova é a ferocidade burra dos ataques nas últimas horas, em rede social, ao candidato de Lula. A raiva quase se iguala ao ódio de bolsonaristas.
Enfim, dentro de uns 10 dias o quadro já estará mais claro. Um palpite do boteco num cenário hipotético: se a manhã de 7 de outubro trouxer 4 candidatos empatados, uma das vagas para o segundo turno é do PT com certeza.
Apesar de menos forte quando comparada ao que era em eleições passadas, a estrutura e capilaridade do partido supera DE LONGE qualquer outra.
A semana atual favorece Haddad.