Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado

Do quinteto maravilhoso do Santos Futebol Clube, Dorval/Mengálvio/Coutinho/Pelé/Pepe, tive o prazer de estar junto com Dorval, Mengálvio, Coutinho e, um pouco menos, com Pepe.

Deles, ouvi histórias maravilhosos do convívio com Pelé. Aqui vai uma “palinha” de Coutinho com o Rei. Em outras postagens, contarei mais alguns causos.

Coutinho, além de parceiro das famosas tabelinhas, também dividia o quarto com Pelé nas viagens para o Exterior e concentrações no Brasil.

O craque da nove não era muito afeito a falar sobre o passado. Coutinho era meio que um Jamelão do futebol. No entanto, depois de umas cervejinhas, ele contava alguma coisa, não sem antes dar uma bronca, “o que você quer saber o Washington?”

Depois da bronca, Coutinho, que mais denominava Pelé por “Negão”, me contou certa vez: “nas concentrações pelo mundo, a gente dava um jeito sempre de dar uma escapadinha. O Negão, não.

Quando eu chegava por volta das cinco horas da matina, meu parceiro de quarto estava fazendo abdominais e flexões ou tocando violão. E lá vinha bronca: “Porra, Couto hoje é dia de jogo e você passa a noite na farra?”. Eu respondia, cara você é o Rei e eu sou um plebeu.

Pois bem, no jogo eu arrasava ao lado dele e tirava sarro por ter curtido a noite e ainda jogar bem. No entanto, joguei até os 27 anos e o Negão até os 38.”

Parênteses meu: diziam as más línguas, e não foi o Coutinho que respeitava a preservação de imagem de Pelé, que o mesmo não ia até as festas em boates porque as festas vinham até ele nos quartos de hotéis.

Na foto da postagem, montagem feita pelo amigo José Carlos Conte me colocando ao lado da dupla. Justo eu, um perna de pau, um cabeça de bagre que só é grande na paixão pelo Peixe e seus craques maravilhosos.