POLÍTICA
Lemos que manifesto do Clube Militar indica Marina como esperança. É, sim, uma esperança para eles, pois, para os progressistas, Marina não passa de uma estrondosa decepção.
Pessoa que muda mais de proposta e de opinião do que muda de roupa, a candidata do PSB, na ânsia de ganhar adeptos, acena para todos os lados, principalmente para a direita que ainda defende golpe militar, que não se arrepende, pelo contrário, com a prática da tortura.
Marina que foi seringueira, defensora da Amazônia, hoje é totalmente transgênica em suas ações.
De braços dados com militares de pijama que sonham com a volta da ditadura, com banqueiros que sonham em aumentar muito mais seus lucros estratosféricos, a custa do empobrecimento do povo, com políticos que têm como ancestrais a Arena do golpe militar, Marina não se enrubesce em trocar de opinião por muitos trocados e por apoio à sua candidatura que, a cada dia mostra-se uma barca furada sem precedentes.
Além destes acenos que já se aproxima a abraços e beijinhos, Marina ainda plagia em seu programa de governo. Diariamente surge mais mentiras em sua candidatura. Já dá para escrever não um livro, mas um almanaque do tipo ela disse isso ontem e hoje disse o contrário.
Por falar em mentiras, conta-se que o modernista Oswald de Andrade, numa reunião etílica desancou o pau no maestro Villa-Lobos, dizendo que ele não passa de um “ignorantão” e que envergonhava o Brasil lá fora. Questionado pelo exagero, pressionado no mesmo momento em que detonava o grande músico, Oswald rapidamente afirmou que a opinião não era dele, mas sim de Mário de Andrade (ausente à reunião).
Não demorou para que o fato chegasse aos ouvidos do autor de Macunaíma que não logo interpelou Oswald de Andrade, dizendo que aquilo era um absurdo e que mais havia dito tais coisas. Oswaldo, na maior cara de pau, falou: “Eu menti”.
Tempos depois, Mário de Andrade publica Macunaíma e, numa passagem, o canhestro personagem afirma que teria matado uma capivara no Largo do Arouche. Pessoas logo retrucaram Macunaíma, dizendo ter visto o próprio matar um rato e não uma capivara. Na maior cara de pau, Macunaíma afirma: “Eu menti”.
Macunaíma faz escola.