Publicado em Jornal GGN –
É destaque na Mônica Bergamo desta sexta (13) que a defesa de Lula pretende recorrer da decisão da juíza Carolina Lebbos que impede que veículos de comunicação entrevistem o ex-presidente na prisão em Curitiba. Para indeferir vários pedidos de sabatina e gravações por conta da eleição, Lebbos argumentou que a prisão não é lugar para a imprensa entrar e ainda comparou esse tipo de comunicação com o uso ilegal de celular telefônico por detentos.
Para desmontar os argumentos, a defesa vai mostrar, entre outros pontos, que canais de televisão já entrevistaram “Fernandinho Beira-Mar, Suzane von Richthofen e Marcinho VP”, além do italiano Cesare Battisti e outros exemplos internacionais.
A decisão de Lebbos ocorreu poucos dias após uma guerra jurídica em torno do habeas corpus de Lula. Impetrado por 3 deputados do PT, o recurso, que culminou numa ordem de liberdade que não foi cumprida graças à movimentação de Sergio Moro, usava como argumento a omissão da juíza de execução penal. Ela estava há 2 meses segurando os pedidos de sabatina e entrevistas com Lula. O desembargador Rogério favreto entendeu que a prisão de Lula é para restringir sua liberdade de ir e vir mas seus direitos políticos seguem em vigor.
No Facebook, o juiz de execuções penais Luís Carlos Valois disse que, nos Estados Unidos, presos têm direito de ter acesso à imprensa e, nos estados, há departamentos que regulam essa situação. Isso, claro, quando não se trata de uma “prisão política”, onde há intenção deliberada de manter o réu incomunicável com a sociedade.