Por Carlos Eduardo Alves, jornalista, Facebook
É só uma constatação, sem entrar em méritos: depois de 40 anos, Lula continua sendo a figura central da política brasileira. A simples possibilidade de o ex-presidente sair da prisão mexeu com todas as peças do jogo.
Ciro aumentou a dose de cólera, O DEM quer se juntar ao PSL do B, a direita convencional agita-se, Bolsonaro planta que quer um embate eleitoral com ele, milico ameaça o STF etc.
Existe um tabuleiro com Lula e outro sem ele. O que pode se prever é que, se for superada a primeira fase (liberdade e em qual grau), imediatamente se passe ao que interessa de fato a todos, de Lula aos inimigos.
Haverá possibilidade de anular sentenças e, se o trâmite judicial dos processos voltar ao início, Lula se disporá a concorrer aos 77 anos em 2022? Pelos lados opostos, qual o caminho para enfrentá-lo?
O mais provável é que a mãe de todas as batalhas, a de uma candidatura de Lula em 2022, unirá a direita e mídia mais uma vez.
Lula é um perigo em palanque. É o principal motivo de, preso e depois de longos 40 anos, ainda ser a figura central do Brasil.