Tem toda pinta de que tudo foi planejado: as ofensas abjetas, misóginas, nojentas e escrotas de Roberto Jefferson à ministra Carmem Lúcia, do STF, só podiam ter como objetivo a revogação de sua própria prisão domiciliar, que já estava por um triz devido ao descumprimento de várias restrições impostas aos réus nestas condições.
Por Bepe Damasco, compartilhado de seu Blog
Foto: Site PT
O passo seguinte da “bala de prata” final da campanha de Bolsonaro seria a autoimolação do bandido bolsonarista Roberto Jefferson, que estava disposto a morrer pela “causa”, como ele próprio admite em vídeo gravado no momento em que os federais chegam à sua casa. Afinal, o que espera senão ser crivado de balas quem dispara 50 tiros e joga três granadas contra a polícia?
Morto ou ferido, Jeferson seria transformado pela matilha fascista em mártir da luta contra “as arbitrariedades do Poder Judiciário”, gerando uma comoção que poderia, na visão deles, mudar o rumo da disputa eleitoral.
Mas deu ruim. Jefferson foi parar em Bangu 8, acusado de quatro tentativas de homicídio, fora os processos aos quais já responde, e deve apodrecer na cadeia.
Isso posto, para a campanha de Lula, é hora de aproveitar os ventos favoráveis atestados pelas pesquisas divulgadas nesta segunda-feira (24) e seguir colocando o dedo na ferida do debate que realmente importa neste momento: o combate à fome e, sobretudo, os planos de Guedes de desindexar da inflação o salário mínimo e as aposentadorias.
Alguém tem dúvida de que esse governo seria capaz de levar a cabo medidas tão cruéis que teriam como consequência um empobrecimento ainda maior do povo brasileiro?
O ministro não esconde isso de ninguém, como inclusive já foi noticiado amplamente pela imprensa. Meter a mão nos salários e nas aposentadorias e a privatização da Petrobrás e do Banco do Brasil são prioridades de curto prazo dessa gente.
É como disse Guedes, em reunião ministerial: “deixa todo mundo se foder pra lá.” Domingo, o povo brasileiro vai dizer quem vai se foder nessa história.
Venceremos.