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Estudo da OCDE divulgado hoje aponta que, enquanto os países mais ricos tiveram as desigualdades acentuadas nos últimos anos, a América Latina, “particularmente o Brasil”, vem reduzindo a diferença de renda desde o final dos anos 90; “Dessa vez o bolo cresceu e foi melhor divido”, afirma pesquisador
A Organização para Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta quinta-feira (21) o relatório In it together – Why less inequality benefits all (Juntos nisso – Por que menos desigualdade beneficia a todos, em português), que trata das desigualdades sociais nos países que compõem a organização.
De acordo com o estudo, a diferença de renda entre os cidadãos segue aumentando nos países ricos, mas caiu na América Latina graças ao maior acesso à educação promovido na última década.
Atualmente, nos países da OCDE (são 34 nações, a grande maioria com economias industrializadas) os 10% mais ricos ganham 9,6 vezes mais do que os 10% mais pobres. Nos anos 1980, a proporção era de sete vezes mais e, na década de 2000, de 9,1.
O Brasil é colocado como destaque no estudo. Segundo a OCDE, o país foi um dos que mais diminuíram a desigualdade de renda nos últimos anos. Para se ter uma ideia, enquanto a média do coeficiente Gini – indicador que mede a desigualdade de renda e que vai de 0 a 1- dos países da organização aumentou de 0,29 nos anos 1980 para 0,32 nos anos 2000, o Brasil reduziu seu Gini de 0,6 nos anos 1990 para 0,5 nos dias atuais, uma queda de 8%.
“Houve, a partir do início dos anos 2000, uma queda generalizada da desigualdade na América Latina. Essa redução não ocorreu de forma tão acentuada em outras regiões (…) Dessa vez o bolo cresceu, com o crescimento econômico, e foi melhor dividido. É um fato novo na realidade latino-americana”, afirmou Horácio Levy, analista de políticas sociais da organização.
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