Publicado na Revista Fórum –
Durante governo Lula – e no primeiro mandato de Dilma Rousseff – mais pobres, que representam 50% da população, registraram o maior aumento de renda, de 71,5%, entre as classes sociais. No entanto, desde 2014 essa parcela da população já acumula perda de 17% nos rendimentos
Segundo o estudo, 1% da população (cerca de 1,4 milhão de pessoas) concentra 28,3% dos rendimentos no país, com média de ganhos de R$ 140 mil por mês. De outro lado, os 50% mais pobres (71,2 milhões de pessoas) ficam com 13,9% – que representa menos da metade do 1% mais rico. Essa parcela tem, em média, ganhos de R$ 1,2 mil mensais.
Depois do Brasil e do Qatar, onde o 1% detém 29% da renda, os países que lideram a lista são Chile, Líbano, Emirados Árabes e Iraque.
Governos petistas
O relatório mostra ainda que durante os governos petistas, entre 2001 e 2015 – com dois mandatos de Lula e um mandato de Dilma Rousseff, que foi derrubada por um golpe em 2016, após reeleição -, os mais pobres tiveram o maior ganho, de 71,5%, em suas rendas.
No mesmo período, os mais 10% mais ricos viram sua renda crescer 60% e a classe média – que representa cercade 40% da população – teve aumento de 44% nos rendimentos.
Entre 2014 e 2019 – segundo dados da FGV Social, a partir dos microdados da PNADC -, apenas os mais ricos (2,5%) e os muitos ricos (1%), que representam 10% e 1% da população, respectivamente, viram a renda aumentar.
Nesse período, a classe média teve redução de 4,2% nos rendimentos, enquanto os 50% mais pobres perderam 17,1% da sua renda.