A cultura popular de Petrolina (PE)/Juazeiro (BA) a Juazeiro (CE)

Antonio Marinho apresenta a Festa de Louro, a poesia popular de bisavô, avô e de pai e mãe pra filhos.

Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado

Em 2015, eu e a companheiríssima Carmola, estivemos no sertão de Pernambuco, fazendo o roteiro Petrolina (PE)/Juazeiro(BA) a Exu (PE) e Juazeiro (CE). Gostamos tanto que voltamos neste início de 2023.

Com alguma alteração, passamos por várias cidades do sertão pernambucano e pelo Vale do Cariri, no Ceará, sempre no volante seguro e animado de nossa guia mestra, Josedalva Queiroz e da sempre prestativa e afetiva “Waze” Terezinha, visitando parentes e amigos.

Amigos artistas da cultura popular que o Bem Blogado fez durante a pandemia, quando realizamos o Sarau Delivery e familiares. Os artistas nos foram apresentados virtualmente durante a pandemia pela prima Josedalva, que nos levou agora para conhece-los pessoalmente.

Uma grande emoção em poder abraçar aqueles que estavam em suas casas, confinados em razão da Covid-19, mas cantando e tocando, pois passarinho na gaiola também canta, mas gorjeia bem melhor em liberdade, de galho em galho.

Nesta segunda edição do Diário do Sertão, nos mantemos em São José do Egito, na Festa de Louro, homenagem ao grande poeta Lourival Batista, sempre eterno nos seus 108 anos, coordenada pelo neto Antonio Marinho, que é também bisneto do xará, um dos pioneiros do cordel, da poesia popular.

Não vamos escrever muito mais, pois as imagens é que contam, mostrando com nossa singeleza amadora a música e a poesia, a cultura popular do Nordeste.

Na próxima postagem, a poesia popular nas paredes de São José do Egito, Beco de Laura.

Cena da Festa de Louro, homenagem ao grande poeta popular Lourival Batista, em São José do Egito (PE). Ah, o sobrenome Patriota é da família de Antonio Martinho, nada tendo a ver com os “Patriotários” que tentam incendiar o Brasil com violência e idiotice.

Mãe de Antonio, Greg e Miguel, Bia Marinho coloca sua bela voz para arrepiar na Festa de Louro.

Causo do editor: morando em São Paulo quando criança, destestava ir para escola nos meus sete anos. Significava sair da rua, do campinho de futebol para ficar preso entre quatro paredes e sem a família por perto. Pois bem, a hora do banho para ir à escola era meio dia. Neste horário começava um programa dee Rádio chamado “Velho Realejo”, de Salomão Júnior. O prefixo do programa era a música do mesmo nome. Eu caía no choro ao ouvir a música. Sabia que minha liberdade ia acabar. Até hoje, os olhos marejam ao ouvir “Velho Realejo”.

Instagram da Festa de Louro: https://www.instagram.com/festadelouro/