Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado
Ninguém supõe a morena / Dentro da estrela azulada / Na vertigem do cinema / Mando um abraço pra ti / Pequenina / Como se eu fosse o saudoso poeta / E fosses à Paraíba (Trecho de Terra, Caetano Veloso)
Inicio este diário da viagem que fizemos, eu e a companheira Carmola, para a Paraíba e Bahia, falando de dois amigos paraibanos que nos receberam com o calor e a beleza singular do Nordeste: Adeildo e Javam.
Chegamos à João Pessoa em 06 de março à noitinha com aquele olhar de prazer por pisar num local para nós quase inédito (estive na Capital paraibana anteriormente, mas de forma muito breve; Carmola, nem isso). Lá ficamos até o dia 10, de manhã, quando partimos para Salvador, mais para a Ilha de Itaparica e para a Linha Verde.
Já havíamos avisado aos amigos de nossa ida. Só faltou banda na nossa chegada, mas o tapete vermelho da boa receptividade foi estendido durante todos os quatros dias que lá ficamos.
Sobre Adeildo Vieira: a pandemia trouxe muita tragédia, mas também proporcionou amigos. Nesta sombria fase, criei para o Bem Blogado a série “Sarau Delivery”, na qual eu publicava cantores/as, compositores/as que gravavam de suas casas e me enviavam.
Assim, fiz amizade com muita gente. Um deles foi o Adeildo Vieira, jornalista, cantor e compositor, que me foi apresentado pelo também músico Pedro Munhoz, que me foi apresentado pela minha prima-irmã-amiga, pernambucana, Josedalva.
Firmamos uma amizade virtual de infância. Nos falávamos constantemente. Só agora é que nos conhecemos presencialmente. Eu com a companheira Carmola e Adeildo, com a namorada Gisela, passeamos pela João Pessoa antiga, fomos ao Parque do Jacaré ver o pôr do sol mais bonito do mundo (dizem com conhecimento de causa os paraibanos) e pelos bares da vida. Amizade presencial de infância firmada e confirmada.
Sobre Javam Ferreira: já conhecia o fotógrafo Javam de São Paulo, via a amizade com o jornalista e artista plástico Enio Squeff. Nunca nos falamos muito, mas percebi que ele era uma pessoa das melhores. Constatei in loco.
Como soube que ele tinha voltado para a sua Paraíba depois de 60 anos no Sudeste, fiz contato e fomos recebidos da melhor forma possível, com umas Heineken(s) bem geladas no grande quiosque Bahamas, Praia do Tambaú com Manaira.
E dá-lhe causos. Falamos de tudo um pouco, como deve ser um bom papo de mesa. Javam é daqueles que têm assunto, história, para tudo. Tudo muito agradável.
Poderia aqui contar alguns dos causos “Javanianicos”, mas sempre faltariam outros maravilhosos. Uma viagem.
Ah, não poderia de dar vazão a esta estranha e boa mania de apresentar um amigo para o outro: Adeildo e Javam agora se conhecem e se prometeram umas geladas. Afinal de contas, amizade gera amizade.
Veja as fotos.






Javam e Carmola.

Javam e Adeildo: dois artistas paraibanos se conhecem

Da Praia de Tambaú, visão do bar