Azenha Luiz pelo Facebook –
Falta didatismo à esquerda, argumentam alguns internautas.
Notam eles que os blogs e páginas de direita trabalham com postagens simples, para não dizer simplórias. Nada da argumentação cheia de nuances da esquerda, apontam.
Fica, então, o alerta. Mas não deixo de sublinhar que muitas vezes simplesmente não há como argumentar.
Vejam o caso da bandeira japonesa, vista como símbolo comunista no Congresso. Mesmo depois de tudo muito bem explicadinho — tratava-se de uma homenagem ao Japão –, internautas foram capazes de argumentar que a bandeira brasileira foi ainda assim “vandalizada”, justificando o escândalo e a intervenção militar.
Contestar tal raciocínio requer tempo e muita, muita paciência…
São milhões e milhões de analfabetos políticos que numa fração de segundo — em tempo histórico — se juntaram nas redes sociais.
Umberto Eco escreveu a respeito: “As redes sociais deram a legiões de idiotas o direito de opinar — quando só opinavam no bar depois de uma taça de vinho, sem causar dano à comunidade. Então, eram rapidamente silenciados, mas agora opinam tanto quanto o ganhador do Nobel. É a invasão dos idiotas”.
A partir da observação de Eco, um professor acrescentou em seu blog: “A ignorância deles é invencível. Deveriam ficar com ela.
Deveriam apodrecer no pântano de sua própria insensatez”.
Ah, mas certamente ele não vive no Brasil.
Aqui os insensatos promovem o impeachment, ganham colunas nos jornais e empregos em emissoras de rádio e TV e são consultados pelo ministro… da educação.
Se os idiotas perderam a vergonha nas redes sociais de todo o mundo, no Brasil eles saltaram diretamente para o governo!