Ex-presidente disse que documento foi incorporado ao Plano Nacional de Adaptação para Mudança Climática (PNA)
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Dilma contesta arquivamento de programa que previu tragédias climáticas
A ex-presidente Dilma Rousseff divulgou nesta sexta-feira (17) uma nota na qual rejeita a tese de que seu governo não deu seguimento ao documento “Brasil 2040”, elaborado durante sua gestão com recomendações para política climática.
O documento “Brasil 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima”, foi elaborado durante seu primeiro mandato e traçava cenários que acabaram se concretizando, como elevação do nível do mar,
intensas chuvas no Sul do Brasil, secas mais fortes no Nordeste, falta de água no Sudeste e ondas de calor. O documento se encontra até hoje em um link do Ministério de Meio Ambiente.
Ambientalistas que participaram de sua elaboração argumentam que ele foi engavetado.
Na nota a imprensa, Dilma “rechaça a notícia de que o documento ‘Brasil 2040’, relatório produzido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), tenha sido “engavetado” pelo governo federal”.
Ela diz que “tal informação não procede e ignora a tramitação do estudo, que resultou na política do governo brasileiro para o enfrentamento das mudanças climáticas”. Afirma ainda que “O mencionado documento foi remetido ainda no final do primeiro semestre de 2015 pela Secretaria de Assuntos Estratégicos ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e incorporado ao Plano Nacional de Adaptação para Mudança Climática (PNA)” e que “também serviu de subsídio ao Plano Plurianual (PPA)”.
Diz ainda que “Tais documentos e informações tornaram-se ainda a base para o compromisso assumido pelo governo brasileiro no Acordo de Paris, realizado em dezembro de 2015” e que “.o relatório Brasil 2040 era parte das informações técnico-científicas necessárias para subsidiar a avaliação das vulnerabilidades nacionais e embasar as decisões quanto à priorização de ações no PNA”.