Documento pedindo cassação de mandato de Cunha tem 1 milhão de assinaturas

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Publicado no Jornal GGN – 

Abaixo-assinado na internet pedindo a cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, ultrapassou a marca de 1 milhão na apoiadores na tarde desta terça (19). O objetivo é atingir 2 milhões e assinaturas para enviar o pedido ao Conselho de Ética contra a Câmara. O processo contra Cunha está perto de completar seis meses, sendo o mais longo da história da Câmara.




O presidente da Câmara é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras sobre a existência de contas bancárias fora do país. O ritmo das adesões ao abaixo-assinado aumento após a aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma na Câmara, onde Cunha foi chamado de “gângster” e “canalha”. O peemedebista também é réu no STF, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.

Do Congresso em Foco

Grupo no Avaaz quer reunir 2 milhões de assinaturas para entregar documento ao Conselho de Ética da Câmara, onde Cunha responde ao mais longo processo de cassação da história da Casa em meio a denúncias de manobras protelatórias

Um abaixo-assinado na internet que pede a cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alcançou, às 14h15 desta terça-feira (19), a marca de 1 milhão de apoiadores. Acampanha, publicada no Avaaz, pretende atingir 2 milhões de assinaturas. Só então o pedido será entregue ao Conselho de Ética da Câmara. O processo contra Cunha é o mais longo da história da Casa e está próximo de completar seis meses, ainda sem perspectiva de votação no Conselho. Ele é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras ao negar que tivesse conta bancária fora do país.

“Vamos pressioná-lo para escolher o caminho certo, concluir o processo o quanto antes e colocar na presidência da casa alguém que espelhe melhor o povo brasileiro”, conclama o manifesto. Nas últimas três horas, mais de 58 mil pessoas apoiaram a petição.

Veja o abaixo-assinado pela cassação de Cunha

O ritmo de adesões acelerou após a aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara. Na votação do último domingo, ele foi chamado de “gângster” e “canalha” por parlamentares contrários à abertura de processo conta a presidente.

Réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e lavagem de dinheiro, Eduardo Cunha é acusado de receber propina do “petrolão” por meio de contas não declaradas no exterior. A denúncia da Procuradoria-Geral da República é baseada em delações premiadas e documentos.

Além da ação penal, ele também é alvo de três inquéritos abertos pela Operação Lava Jato no Supremo. O mais recente deles, autorizado pela corte no mês passado, apura a suspeita de que  o deputado solicitou e recebeu propina do consórcio formado pela Odebrecht, OAS e Carioca Christiani Nielsen Engenharia, que atuava na obra do Porto Maravilha. Os valores chegam a R$ 52 milhões.

Defensores da cassação de Cunha o acusam de adotar medidas protelatórias e manobrar no Conselho de Ética para salvar o mandato. O relator da representação e integrantes do colegiado já foram trocados. O processo contra ele foi aceito em março por diferença de um voto. Deputados do PT e partidos aliados acusam a oposição de ter negociado com Cunha a aprovação do impeachment em troca da sua absolvição no Conselho de Ética.

Veja os argumentos da petição eletrônica pela cassação de Cunha:

“Por que isto é importante

Atualização 14h15, 19 de abril de 2016: Acabamos de passar de 1 milhão de assinaturas — vamos conseguir 2 milhões e entregá-las no Conselho de Ética da Câmara. Compartilhem via Facebook, Twitter e para todos seus contatos.

Eduardo Cunha, o presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, que nada mais é que o lugar onde o povo brasileiro é representado, é suspeito de esconder contas bancárias na Suíça e acusado de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

Cunha nega, mas a imprensa divulgou cópias de seu passaporte que teriam sido usadas na abertura das contas, assim como documentos contendo sua assinatura.

Sendo assim, foi iniciada uma representação contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar que pode leva à cassação do mandato. No início de março, depois de quatro meses de manobras de Cunha e aliados para adiar a decisão – o que tornou este o mais longo processo de cassação da história do legislativo – o Conselho votou por aceitar o pedido de investigação.

No dia 22 de março, Cunha apresentou sua defesa. Agora, o Conselho tem 40 dias para apresentar o relatório final, que pode recomendar ou não a cassação de Cunha. Vamos pressioná-lo para escolher o caminho certo, concluir o processo o quanto antes e colocar na presidência da casa alguém que espelhe melhor o povo brasileiro. Assine agora e envie para todos.”

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