Por Kiko Nogueira-, em DCM –
Em meio a um julgamento, Lewandowski dirigiu-se à colega: “Concedo a palavra à ministra Cármen Lúcia, nossa presidenta eleita… ou presidente?”
“Eu fui estudante e sou amante da língua portuguesa. Acho que o cargo é de presidente, não é não?”, respondeu, aos risos.
Noves fora a ignorância (ninguém suporta mais essa discussão, mas o termo existe desde 1872 e foi dicionarizado em 1925), Cármen chutava ali um cachorro morto de forma absolutamente covarde.
Havia ali também um cinismo que não casava com a tragédia nacional que só se avolumava.
Dois anos depois, vê-se qual das duas mulheres vai ficar como exemplo de fibra e de coragem sob pressão.
O encontro de Cármen em sua casa com Michel Temer, investigado no Supremo, sob o pretexto de discutir segurança pública (rs) é mais um retrato de uma farsa republicana.
Quem achava que seu voto caótico para salvar Aécio Neves fosse o momento mais baixo de CL se enganou e deve se preparar para novas aventuras.
Cármen é um exemplo de tibieza, inclusive moral.
Refém da Globo, antecipou a pauta de abril do STF sem incluir o habeas corpus de Lula e a prisão em segunda instância.
Lavou as mãos, deixando claro que tem lado e é o de seus chefes.
Cármen, a que ridicularizou Dilma publicamente, é uma sombra do que jamais foi.
Enquanto Dilma denuncia o golpe pelo mundo, Cármen prossegue em seu papel menor, coadjuvante, incapaz de qualquer gesto ou palavra que não seja pedestre.
Apequenada, sensaborona, dada a tomar chá com velhos corruptos aos sábados à tarde.
Em agosto de 2016, um mês antes de assumir a presidência do STF, Cármen Lúcia protagonizou um bullying com Dilma, àquela altura no chão.