Publicado em Jornal Livre –
Como o JornaLivre mostrou na última sexta (15), o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte, MPT/RN, está movendo uma ação civil pública contra a Guararapes Confecções S/A, grupo proprietário das Lojas Riachuelo. O MPT está pedindo à empresa uma indenização de R$38 milhões por causa de funcionários terceirizados que prestam serviço em facções têxteis que atuam no interior do estado. O Guararapes é o maior grupo empresarial do ramo têxtil na América Latina,
Isto poderá levar a um grave desemprego no Rio Grande do Norte. Na sexta, Flávio Rocha, proprietário da Guararapes e da Riachuelo, apontou a perseguição do Ministério Público do Trabalho e lembrou que é o trabalhador que irá sofrer. “A Riachuelo tem como se proteger”, escreveu.
Em seu Instagram, Flávio Rocha, dono da Riachuelo e da Guararapes, escreve direto à procuradora Ileana Mousinho, responsável pela ação:
Dr. Ileana Mousinho, eu me dirijo à senhora não como acionista e gestor. Não como dono da Guararapes ou da Riachuelo, mas como porta voz de toda a cadeia produtiva de um setor que é uma vocação do nosso estado. Os trabalhadores que espontaneamente gravaram esse vídeo e me mandaram e mais 40.000 colaboradores diretos da nossa empresa me delegaram essa condição. Tecelões, costureiras, operadores de callcenter, motoristas de caminhão, caixas, vendedores, próprios, terceirizados, nas 27 estados da federação. A maioria, 20%, ainda no RN. Mas já foram, antes da sr. entrar na nossa vida em 2008, mais de 60% só no nosso estado. Eram 20000 só nessa unidade que o vídeo mostra. Era a maior fábrica de confecção do mundo. Todo o mal que a Sra. pensa que está fazendo ao meu pai Nevaldo, recai sobre esses pais e mães de família do vídeo tantos outros que a Sra. acha que defende. Desde que a Sra começou a nos perseguir a nossa empresa cresceu muito, mas o RN, para nossa tristeza, pouco tem se beneficiado desse sucesso. Ao nos expulsar do nosso próprio estado, a Sra. nos obrigou a construir novas fábricas em outros estados e países que nos recebem com o respeito que merece quem cria empregos e riquezas. É em nome deles, Doutora, que pedimos que pare e nos deixe trabalhar. A Sra. tem sistematicamente enviado denuncias infundadas a todas as delegacias do MPT de todos os estados. Com exigências absurdas que não faz a nenhum dos nossos concorrentes. Por que só nós? Agora, tenho sido informado por jornalistas de grandes órgãos de imprensa que a Sra ocupa o seu tempo para pautar jornais e redes de TV nacionais com injúrias a respeito da Guararapes, sobre minha pessoa e até sobre minha família. Por que tanto ódio, Dra? Estive com a Sra. por alguns minutos quando tudo isso começou. Tentei já naquele momento, mostrar o dano que iria causar. Tentei mostrar-lhe o que considero ser a minha missão nessa passagem terrena que é transformar o RN na “Galícia Potiguar”. Vejo que não consegui, mas o sonho não morreu. O nosso setor tem o potencial de transformar a realidade socioeconômica do RN. Basta que a Sra deixe o ódio de lado e nos deixe trabalhar.
O JornaLivre está investigado o passado da procuradora Ileane Mousinho e até agora encontramos informações interessantes a respeito dela possuir opinião fechada contra a terceirização e a favor de diversos sindicatos, o que configuraria uso da procuradoria para atendimento a interesses particulares.
Mais informações a esse respeito em breve.
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