Por Fernando Brito em O Tijolaço –
Como previsto, João Dória Júnior fez o que os gatos fazem: enterrou a sua brilhante ideia de produzir umas bolotas de sobras de comida, em tese perto do final do prazo de validade.
Mas, como se tivesse um apetite imenso por restos que se estragam, adotou outra “Farinata”: Aécio Neves, a quem fez declarações de apoio, dizendo que, coitado, pode ficar no limbo da presidência do PSDB, depois de tudo o que se passou.
Eu respeito [a posição do Tasso (Jereissati, presidente tucano em exercício, que exige o afastamento de Aécio)] , mas a 40 dias da eleição do PSDB faz mais sentido seguir esse rito”, argumentou Doria antes de rebaixar o tema. “A população não está preocupada com as questões partidárias, está preocupada com o seu bem-estar. O que população fundamentalmente espera é que haja uma retomada econômica”.
Portanto, já que está vencendo o prazo de validade do senador mineiro, melhor reciclá-lo numa farinha de apoio a Temer que, afinal, é que pode, usando os métodos que já se tornaram praxe, ajudá-lo a destronar Geraldo Alckmin da condição de candidato natural do PSDB.
E, candidato, barrar a aventura Huck imaginada por setores do DEM, porque, claro, não há inferno que chegue para três – o diabinho elegante, o do caldeirão e o Belzebu Ponto 50 .
Aquela fantasia de gari do dia inaugural de sua administração em São Paulo, diria Freud, já denunciava a irresistível atração de Doria pelo lixo.