Por Fernando Horta, Facebook –
Deixem-me contar uma coisinha a respeito do motivo da Globo estar sendo atacada pela justiça americana.
O futebol é o esporte mais popular do mundo. Muito mais do que o superbowl ou a NBA. Mas nunca tinha entrada no mais rico mercado do mundo que são os EUA.
Há 10 anos, saiu o projeto estratégico da Fifa para colocar o futebol dentro dos EUA. Houve um incremento da liga nacional, houve a participação dos EUA em Copas do Mundo e tudo mais.
O problema é que (liberal brasileiro não sabe) mas o governo americano exije nestes “big business” que a empresa ou abra filial nos EUA ou se associe a uma empresa norte-americana do mesmo ramo. O “liberalismo” não é assim tão liberal nos EUA. Daí foi feita a proposta da Fifa se associar com a mesma empresa que faz o superbowl. Mas o percentual mínimo exigido pelos EUA é alto (falam em 35%), e assim os lucros da Fifa seriam diminuídos.
Foram mais de cinco ou seis anos de negociações. Até que a Fifa desistiu e resolveu entrar no mercado sozinha. Precisava de uma empresa que tivesse know-how em transmissões internacionais. Quem entrou na negociata?
A Globo e a Fifa estavam para entrar sozinhas no mercado norte-americano com o produto futebol. A CBF já estava negociando para transmissão de jogos e toda a grana gerada, claro, ficaria, em sua maioria, com os cartolas e com a Globo em paraísos fiscais.
Só que os interesses comerciais norte-americanos também jogam. E eles foram responsáveis pelos ataques a Fifa na Copa do Mundo, e agora à Globo.
Quem pensa que nos EUA temos a “lei do mercado”, livre e competitivo, aberto à iniciativa privada competente e etc. não conhece os EUA. Especialmente pós 2008, o jogo é bruto. É como a Inglaterra sempre fez, usando o estado para ganhar espaços mercadológicos. A inglaterra usava seus navios e seus diplomatas. Os EUA usam a justiça do seu país e os teleguiados nos países dos outros. Por um momento (do golpe de 2016) pareciam estar juntos.
Mas eu sempre disse que só parecia …
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