“Sou capitão do Exército, a minha especialidade é matar”, disse em 2017 o ex-militar reformado que com apoio de outros necrófilos, chegou à presidência da República. Com esta lógica cruel, incentivou a mortalidade de milhares de pessoas em plena pandemia de Covid-19, que custaram a vida de quase 700 mil brasileiros.
Por Simão Zygband, compartilhado de Construir Resistência
O capitão reformado demorou meses para adquirir as vacinas que poderiam ter salvo milhares de brasileiros, vítimas da insensibilidade do ocupante do mandato presidencial que, ainda para piorar, torrou R$ 250 milhões do dinheiro público para oferecer as ineficazes hidroxicloroquina e azitromicina.
Quando questionado por uma repórter por que a demora em adquirir as vacinas, o genocida, para variar, teve seu tradicional arroubo de machismo e misoginia: “compra de vacinas só se for na casa da sua mãe”, foi a sua “delicada” resposta.
Bolsonaro deixou como herança 2,5 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina encalhados nos estoques. A verba de R$ 250 milhões torrados inutilmente permitiria ao governo ter comprado 13,18 milhões de doses da vacina, suficientes para imunizar quase 7 milhões de pessoas.
Outra fala antológica do genocida foi, sempre respondendo grosseiramente aos repórteres, que haviam lhe questionado se não via problema em haver mais de 1.500 mortos por dia na pandemia, ele deu de ombro e como se não fosse responsabilidade sua, argumentou: “E daí, eu não sou coveiro”, bem ao seu estilo estúpido de ser.
Tiver o prazer de trabalhar como assessor de imprensa do Serviço Funerário do Município de São Paulo, cargo que muito me honrou. Convivi com coveiros e outros trabalhadores deste fundamental serviço de saúde pública, desprezado pela maioria da sociedade, que só lembram de seus préstimos quando da perda de um ente querido. Posso garantir que a maioria dos coveiros são pessoas muito mais humanas e generosas que o genocida, apesar de lidarem diariamente com a morte. Não preciso dizer que muitos deles são inclusive mais cultos que o genocida.
Hoje, Finados, é um dia para ser respeitado. É a homenagem aos nossos mortos. Ridícula, mas simbólica, a manifestação de bolsonaristas, que conclamam manifestações anti-democráticas nesta data para conturbar o país e não reconhecer a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, contra os gestores do ódio.
Certamente os caminhoneiros apoiadores do genocida não possuem família e nelas não devem haver finados a serem respeitados. Com esta atitude, to dos aqueles que saem às ruas em manifestações fascistas, pisam sobre o túmulo de milhares de vítimas da Covid e possivelmente dos seus familiares e amigos mortos.
O extremista Bozonazi tem sido fiel à sua palavra, onde cultiva um rastro de mortes e destruição. Não dirigiu uma palavra sequer de consolo para as cerca de 700 mil famílias enlutadas.
O Brasil teve o segundo maior número de mortos pela Covid-19 do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Tem cerca de 3% da população mundial, mas 11% das mortes ocorreram em território nacional. Ao longo da pandemia, o genocida obstruiu o distanciamento social, sabotou o uso de máscaras e dificultou a vacinação. E ainda insiste que não errou durante a pandemia.
Desrespeitar mortos é a característica do capitão reformado e seus seguidores desmiolados e insensíveis como ele.
Caia fora. Renuncie Já. As urnas te repudiaram. O povo não te quis.
Queremos a Vida e a Paz e não a Morte.