Por Luiz Azenha, Facebook –
Morei em Washington DC um ano. Trabalhando pouco, estudando muito, especialmente a internet. Desde 2007 já se falava na guinada do Pentágono rumo à guerra psicológica.
A direita se apropriou de muitas lições aprendidas nos laboratórios do DOD.
Fake news é apenas uma delas — disso vou falar em breve num curso da CartaCapital.
Mas uma das principais “descobertas” foi de que vc pode criar volume nas redes sociais com meia dúzia de pessoas e alguns robôs.
Com isso, pode ajudar a forjar a narrativa.
É por isso que a direita bate tanto bumbo com suas opiniões minoritárias e raivosas:
1. Afasta do debate gente que não tem paciência;
2. Afasta do debate gente que tem medo do barraco;
3. Cria a impressão de manada, à qual os fracos de espírito se juntam sem críticas;
4. Faz pulsar a indignação, que ao mesmo tempo cega e mobiliza soldados da causa.
Ronald Reagan se elegeu em 1980 com uma inusitada coalizão de cristãos e judeus conservadores, militância que batia nas portas e rivalizava com sindicalistas democratas.
Já Trump organizou suas hordas nas redes, em torno da Breitbart News e InfoWars, com muita teoria da conspiração (tipo Lulinha dono da Friboi) e muita fake news (Obama muçulmano que nem nasceu nos EUA).
Essa direita é minoritária: imagina se você conseguiria hoje colocar as mulheres de volta em casa, “recatadas e do lar”!
Só se for que nem no seriado Handmaid’s Tale, que uma conhecida me recomendou (gostei muito).
É duro, mas essa direita tem de ser derrotada com muita paciência, muita informação, muito humor e, principalmente, sem medo. O zunido é alto, mas é só zunido.
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