Publicado em PT na Câmera –
Na reta final para a votação do processo de impeachment na Câmara, a oposição tem investido em mentiras para forjar um cenário supostamente consolidado e para tirar do foco a realidade que se consolida para o próximo domingo: o golpe será derrotado. A lógica do “fato consumado” da oposição de direita é mais uma estratégia golpista para dissimular a verdade inexorável dos números.
“É um delírio da oposição dizer que tem os 342 votos para o impedimento da presidenta. Vamos ganhar no domingo”, afirma convicto o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), vice-líder do Governo na Câmara, que participou nesta quarta-feira (13) de reunião entre lideranças partidárias e a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília.
“É cristalina a demonstração que no domingo vamos derrotar o impeachment. A base está animada, não está intimidada. Os apoios são sólidos e convictos, e somente em cinco partidos da oposição – PSDB, PPS, PV, DEM e Solidariedade – não temos votos. Em todos os outros temos apoios”, detalha Paulo Teixeira. “Teremos votos nas bancadas do PMDB, PR, PSD, PDT, PTB, PROS, PHS, PTN, PT, PCdoB, PSOL, Rede, PSB e PTdoB. Teremos cerca de 205 votos”, completa.
Para o deputado, o que está havendo é uma “guerra de informação com números mentirosos”. Citou o exemplo do PP, cuja saída do governo foi anunciada com estardalhaço pela grande mídia, mas a bancada rachou e metade dela, segundo Teixeira, vai votar contra o golpe. Teixeira também desafia a oposição, que está fazendo uma guerra de informações, a apresentar os nomes daqueles que vão votar pelo impeachment. E diz ainda que alguns deputados que já haviam declarado voto favorável ao impedimento estão mudando de posição.
“É fundamental que a sociedade continue a mobilização pelo Brasil: a mobilização nas redes, pressionando os deputados indecisos; e a mobilização nas ruas, contra o impeachment e a favor da democracia”, conclamou Teixeira.
O parlamentar destaca ainda ser importante manter o ânimo até a vitória de domingo. “E depois de domingo teremos que adensar o nosso governo e fazer uma agenda muito importante em defesa do emprego, do crescimento econômico, da renda, por mais direitos, investimentos em infraestrutura, melhoria dos serviços públicos e enfrentamento das reformas, tendo como principais delas, a reforma política e a reforma tributária”, ponderou.
Até domingo, o trabalho estará voltado a conseguir os apoios para fazer valer o respeito à Constituição e a garantir a mobilização nas ruas. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), também vice-líder do Governo na Câmara, reforça o argumento de que é ilegítimo o resultado alardeado pela oposição. “A guerra contra o golpe passa pela ‘disputa psicológica’, e é claro que não há legitimidade no discurso da oposição de que eles têm votos suficientes para o impeachment. Nem eles nem a grande mídia sabe o mapa real de votos”.
Jandira também destaca a importância de toda a sociedade se manter aguerrida no trabalho de rua e de rede para convencer, esclarecer e mostrar os riscos do golpe para a democracia brasileira. “Não vamos esmorecer, pois somos forjados na luta e nos sonhos”, diz a deputada.
Em discurso na Câmara, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), outro vice-líder do Governo na Câmara, além de criticar toda as negociatas capitaneadas pelo vice-presidente Michel Temer para garantir o golpe, disse que todo o esforço não garantirá a eles o número necessários de apoios. Apontando para deputados da oposição no plenário, Silvio foi categórico ao dizer que eles não têm os 342 votos para fazer passar o golpe.
“Vocês disseram ontem que tinham trezentos e não sei quantos votos… Eu vou dizer pela primeira vez. Sabem quantos votos o governo tem? É impossível no próximo domingo, é impossível, a gente não colocar nesse painel – entre ‘não’, abstenção e falta – 203 homens e mulheres que respeitam a democracia e que sabem que uma presidenta que não cometeu crime não pode ser tirada do poder”, disse Silvio Costa.
PT na Câmara
Foto: Luis Macedo/Agência Câmara