O deputado Zeca Dirceu (PT) disse nesta sexta-feira (8), que a mudança do domicílio eleitoral da deputada Rosângela Moro (União Brasil) de São Paulo para Curitiba “é um tapa cara” dos paulistas e paranaenses e uma “vergonha sem precedentes” na história da política brasileira. “Não tem cabimento uma atitude destas. É desprezar os eleitores em troca de um projeto pessoal que como se vê, fere todos os princípios éticos e legais do processo eleitoral”.
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“Vou propor ao PT que entre como uma ação na justiça eleitoral e na Câmara dos Deputados para que ela devolva o mandato ao povo paulista”, completa.
Mulher do senador Sérgio Moro (União Brasil), que pode ter seu mandato cassado por abuso de poder econômico na campanha eleitoral de 2022, Rosângela se elegeu deputada federal por São Paulo. “O Moro é um criminoso e traidor contumaz. Traiu seu primeiro partido em que pretendia à presidência, ficou com medo de disputar uma eleição, tentou ser candidato por São Paulo que o rejeitou e como traidor do próprio Paraná voltou ao estado para concorrer ao Senado”, disse Zeca Dirceu.
O senador, diz ainda o deputado, é o mesmo que combinava sentenças e ações com o Ministério Público perseguindo, sem qualquer tipo de prova, lideranças da política nacional como o presidente Lula (PT). “Esse é mais sujo que pau de galinheiro. Tirou Lula de uma eleição certa em troca de um cargo no governo anterior. Foi humilhado publicamente e escorraçado do governo pelo próprio Bolsonaro”, aponta.
“Depois disso tudo, voltou de rabo entre as pernas, apoiar o Bolsonaro no segundo turno. Este merece ser cassado e vai ser preso pelos inúmeros crimes que cometeu.É um dos responsáveis pelas atrocidades cometidas pelo genocida que, pelo bem do Brasil, foi afastado da vida pública”, completa.
O movimento de Moro, segundo Zeca Dirceu, é um jogo combinado com o ex-deputado cassado Deltan Dallagnol (Novo) para burlar a legislação eleitoral indicando suas cônjuges na disputa eleitoral em Curitiba, no Paraná, ou mesmo na eleição suplementar ao Senado com a cassação do ex-juiz. “Este não é o caso da participação da mulher na política. É mais um caso de machismo e do uso de pessoas para objetivos nefastos e nem sempre confessáveis”.