É urgente investigar a ‘rede de apoio’ ao terrorista bolsonarista responsável por bomba em aeroporto

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É absolutamente inconcebível que alguém como George Washington de Sousa, mentor de um ataque a bomba no aeroporto de Brasília, esteja praticamente livre de todas as acusações e seja tratado com tamanha impunidade.

Por Kiko Nogueira, compartilhado de DCM




O terrorista bolsonarista George Washington de Sousa no Senado

É urgente a investigação da rede de apoio que permite que o terrorista siga vivendo como se nada tivesse acontecido.

George Washington, preso em dezembro de 2022, confessou ser responsável pela confecção de uma bomba que foi colocada em um caminhão-tanque com 60 mil litros de querosene próximo ao aeroporto da capital. Se o dispositivo tivesse explodido, o número de vítimas fatais seria altíssimo.

Chegou a ser condenado em 2023 a nove anos e oito meses pelos crimes de explosão e porte ilegal de arma. Descobriu-se que ele escreveu uma carta a Jair Bolsonaro, em nome de quem agiu: “Exmo Sr. Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO. Serei breve e direto, Meu nome GEORGE WASHINGTON DE OLIVEIRA SOUSA; O sr. despertou esse Espírito em nós, o Sr. sabe muito bem disso!. Sr. Presidente, onde o Sr. saltar em pé eu salto de cabeça!”

Interrogado, declarou que queria “aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo”.

Em fevereiro deste ano, já tinha migrado do regime semiaberto para o aberto por decisão do juiz Bruno Aielo Macacari. O magistrado entendeu que Sousa cumpriu os requisitos para a mudança de regime por não ter cometido falhas disciplinares no período em que esteve em cana.

Conta a Veja que, nas saídas temporárias, ele falava que não conhecia ninguém na capital federal e teve de dar um endereço fixo para garantir o benefício.

Uma aposentada de 74 anos, que alegou não saber quem era o sujeito, se dispôs a abrigá-lo em sua casa na cidade de Candangolândia, a 20 quilômetros do centro de Brasília. Uma boa samaritana.

Ela garantiu que os dois apenas se conheciam através das redes sociais e de amigos em comum, e um deles lhe pediu o acolhimento do bandido. Segundo as autoridades, a mulher falou que o abrigaria mesmo sem ter informações sobre a vida dele, como seu estado civil, escolaridade, se usava drogas ou bebida.

Não é só isso. Em outubro de 2024, George Washington recebeu proposta de emprego em um laboratório médico, com a justificativa de ser parte de um processo de reintegração social. A ideia de que alguém que planejou um atentado terrorista e tem um histórico de envolvimento com o bolsonarismo seja tratado com tanto cuidado e consideração é sintomática.

“Ao justificar a oferta, a empresária disse que o objetivo era ajudar o retorno de George Washington ao convívio social e ressaltou que a empresa estaria engajada na ressocialização de presos. Com oito funcionários, o homem que planejou o ataque a bomba seria o primeiro contratado nesta condição”, relata a Veja. Direitos humanos para humanos direitos.

A questão é: quem está por trás de todo esse apoio a George Washington? Quem são as pessoas que estão protegendo esse homem, que se preparou para matar inocentes em nome de uma agenda política extremista?

Essas pessoas devem ser identificadas e investigadas, para que se possa entender até onde vão os tentáculos da gangue que tentou dar um golpe de estado no país — que ainda não terminou.

George Washington tem viagem marcada no dia 2 de junho para o Pará. Duas semanas, autorizadas pela Justiça, para tratar de “assuntos profissionais”. O mínimo que se espera é que ele seja devidamente monitorado para evitar surpresas como aquela ocasião em que seu mito foi parar na embaixada da Hungria para comer um goulash.

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