São muitos os estudos e pesquisas sobre as catastróficas consequências da insegurança pública e jurídica sobre as economias e o desenvolvimento dos países, os desastrosos reflexos nos negócios, nas empresas, nos empregos. Nações sérias levam o assunto a sério, o que não acontece com as republiquetas de terceiro mundo.
Por Antônio Carlos Aquino de Oliveira, compartilhado da Revista Nova Família
Se tem se tornado lugar comum observar a total negligência e irresponsabilidade com que políticos, governantes, legisladores e magistrados têm tratado o assunto em países em desenvolvimento, assusta e assombra a omissão da sociedade civil e organizada diante do problema. O traje de vítima é feito sob medida para os incapazes de se defender, de reagir.
Vítimas diretas da insegurança pública, da precariedade das instituições de justiça e das leis, os empresários, os contribuintes, eleitores e cidadãos estão inexplicavelmente omissos em relação à situação, que só se agrava. Os marginais ganham privilégios na mesma proporção e rapidez que os cidadãos perdem direitos.
Contemporizar, tolerar e condescender com a corrupção como se normal fosse, foi e tem sido a sentença de morte e a fonte permanente de crise e caos na economia brasileira, pior, a base de expansão do crime organizado e institucionalizado sobre todas as áreas. Para quem bebe e dirige a tolerância é zero, mas isso não se observa em relação aos homicidas, pedófilos, traficantes, mafiosos, milicianos, políticos e funcionários públicos corruptos.
De forma jamais imaginada, a banalização da violência por parte da sociedade brasileira começa a cobrar o insuportável preço de inviabilizar negócios e empreendimentos nos campos e nas cidades. Os prejuízos causados ao país pela inexistência de um sistema de segurança e justiça eficiente e eficaz vão muito além das milhares de vidas de inocentes ceifadas diariamente.
O Estado perdeu ou cedeu espaço ao crime? Como pode o crime assumir o papel do Estado exatamente onde o Estado se faz mais necessário?
Nas escolas, nas ruas, nos campos, nas empresas, nos lares e famílias, nas igrejas e em todas entidades, urgem reações. O povo brasileiro não pode, não deve e não ficará refém do crime, milícias, máfias e qualquer organização criminosa, dentro ou fora da máquina pública.
Não é mais aceitável que os cidadãos e cidadãs de bem, cumpridores dos seus deveres, trabalhadores e geradores de emprego, mantenedores de toda a estrutura pública da República, continuem sendo desrespeitados, que sejam afrontados e amedrontados.
Ao povo, para o povo e pelo povo, não é uma concessão dos políticos, mas uma conquista de todo o povo de uma nação.