Publicado em Brasil 247 –
Com a falta de proposta para atrair investimentos por parte do governo Bolsonaro, economistas de bancos e consultorias revisaram suas projeções de crescimento para níveis inferiores a 2% em 2020. Foram os casos do banco suíço UBS, que prevê expansão de 1,5%, e das consultorias MB Associados e Tendências, que estimam 1,6% e 1,8%, respectivamente.
247 – Com a falta de proposta concreta para o aumento do nível de consumo e da expansão do PIB (Produto Interno Bruto), economistas de importantes bancos e consultorias têm revisado suas projeções de crescimento para níveis inferiores a 2% em 2020. Foram os casos do banco suíço UBS, que cortou sua previsão de expansão no próximo ano de 2,2% para 1,5%, e das consultorias MB Associados e Tendências, que mudaram suas projeções de 2% para 1,6% e 1,8%, respectivamente.
O Itaú Unibanco prevê crescimento baixo, de 1,7% em 2020. “Nos últimos meses, ficou mais claro quão adverso é o cenário de guerra comercial e agravamento da crise argentina para os países emergentes”, diz Thiago Xavier, economista da Tendências Consultoria. Os relatos foram publicados no jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com Tony Volpon, economista-chefe do UBS, o crescimento de 0,4% do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano, acima da estimativa média de 0,2% do mercado, não mudou o cenário mais pessimista para o futuro. “Estamos caminhando para o quarto ano de crescimento próximo a 1%. Aliás, essa foi, exatamente, a expansão anualizada registrada no segundo trimestre”, diz Volpon.
O governo tem uma agenda baseada na entrega de setores estratégicos para estrangeiros, corte de direitos e de investimentos para “injetar” na cabeça de aliados e da população que o mito de que a iniciativa privada é a solução para tirar o Brasil da crise. O País já sofre os efeitos da PEC do Teto dos Gastos, que congela investimentos públicos por 20 anos.