Quando eu era um adolescente (idos de 1973) pensava que os fascistas nunca seriam derrotados. Tinham muito mais poder do que hoje. Podiam fazer qualquer coisa. Não se limitavam a xingar e a dar uns empurrões; prendiam quem quisessem, torturavam, estupravam, matavam.
Mesmo assim, foram derrotados. Minha geração – e minha classe social, em particular – entendeu que o arbítrio não era caminho “contra a corrupção” e contra tudo o mais que os fascistas que usurparam o poder alegavam para justificar o golpe.
Se nem naquele tempo sombrio eles conseguiram manter a vitória temporária que arrancaram ao custo da democracia, agora não será diferente. E hoje é muito mais fácil enfrentá-los.
Não passarão.