Educadores de todo o país se solidarizam com o povo hondurenho

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No último dia 28 de novembro de 2021, o país centro-americano Honduras elegeu, pela primeira vez em sua história, sua primeira mulher como Presidenta da República. Eleita com a maior votação desde a retomada de seu processo constitucional em 1980, Xiomara Castro recoloca a esquerda no poder depois de 12 anos do golpe político que arrancou o seu companheiro e esposo Manuel Zelaya do poder em 2009. Conhecido à época como primeiro golpe branco na América Latina, sucedido depois pelo golpe do Paraguai (2012) e no Brasil (2016), essa modalidade de golpe institucional inaugurada em Honduras prescinde do uso da força militar e recorre a artimanhas político-jurídico-institucionais para subverte a vontade popular declarada nas urnas com o uso articulada das instituições políticas e jurídicas dos países.

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 Foto: Divulgação/Facebook Xiomara Castro

O que ocorre agora em Honduras segue na mesma direção do que foi experimentado por lá mesmo em 2009. Com a retomada dos trabalhos legislativos do país nesse último dia 21 de janeiro, 18 deputados do partido Libre da Presidenta eleita Xiomara Castro traíram o projeto que os elegeram e, junto com os partidos de direita derrotados nas eleições, deram vitória parcial a um presidente do Congresso hondurenho membro dessa ala dissidente. Os aliados da Presidenta Xiomara elegeram outro presidente do Congresso e, assim, o clima e jeito de golpe branco se consolidou no país. Os 18 deputados traidores foram expulsos do partido da presidenta eleita.

A tentativa de golpes como esse já ocorre em outros países da América Latina, em ardis maquinados pelos setores da direita política do continente. Os sistemas democráticos em nossos países devem sempre contar com a vigilância permanente dos setores organizados e progressistas de nossas sociedades, como vem ocorrendo em Honduras, onde o povo tomou as ruas e se colocou em frente ao Congresso do país, em um chamamento feito pela própria Presidenta Xiomara, que tomará posse no próximo dia 27 de janeiro.

Os/as educadores/as brasileiros/as se solidarizam com a Presidenta eleita e repudiam qualquer tentativa de desestabilização política provocada por aqueles que não reconhecem a sua derrota eleitoral e tampouco a vontade popular expressa nas urnas. Chega de golpes em nossa América Latina! Toda solidariedade ao bravo povo hondurenho que, depois de 12 anos de governos de direita, optaram livremente por outro caminho!

Brasília, 24 de janeiro de 2022.
Direção Executiva da CNTE

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