Educomunicação dá o seu jeito para domar o Chat GPT

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Carlos Lima – Especialista em Educomunicação

Antes da pandemia falávamos sobre a sociedade da comunicação. Ao longo dos 2 anos de pandemia acelerou-se o processo automação de serviços e de virtualização da comunicação humana. As aulas remotas, só para citar um exemplo, embora com todos os problemas, impulsionaram o aumento no tráfego de dados. Isto permitiu que muitas empresas se apropriassem e desenvolvessem ferramentas de Inteligência Artificial com propósito de facilitar a atividade humana.




A ampliação destas facilidades como os apps para pedir alimentos, comprar produtos só para citar alguns, caiu no gosto de todas as pessoas. Outros, como as plataformas de Educação já passavam a preocupar os professores. Mais recentemente, o Chat GPT está criando tensão, já que as facilidades das ferramentas podem comprometer o processo ensino-aprendizagem nas aulas e até nas tarefas extra classe.

Lembro que o uso do celular, antes do período pandêmico, era o vilão da escola. Na pandemia tornou-se a ferramenta de conexão de muitos estudantes com as aulas. O celular já era recurso eficiente para produção de conhecimento quando usado com boa mediação.

O Programa Imprensa Jovem Agência de Noticias na Escola é exemplo de projeto que potencializou as aprendizagens dos estudantes com recursos móveis como smarthphone. Com este recurso o estudante usou sua expertise para produzir conteúdos.

Como a tecnologia pode ser domada pelo processo educomunicativo, assim pode ser com o uso do Chat GPT?
No processo de Educomunicação a produção de conhecimento se dá no trabalho colaborativo e no uso criativo das tecnologias. Domados os recursos digitais e não o contrário.

A partir da proposta: “Como desenvolver práticas de Educomunicação nas aulas, trazemos algumas ideias que podem ampliar o trabalho humano de produção de conhecimento, numa lógica de pedagogia de projetos.

A proposta de Educomunicação garante a aula comunicação diálogica, colaboração, autonomia, criatividade,
uso de tecnologias, protagonismo, participação e leitura crítica da mídia.
Pode ser adotado diversos formatos e linguagens midiáticas para produzir conteúdos.
Promovem a gestão da aula em uma lógica de escuta dos estudantes e Mediação dos professores.
Redesenham a arquitetura da sala ampliando as possibilidade de participação no processo de criação
Promovem o desenvolvimento de projetos de intervenção social pelos estudantes
Otimizam o uso de recursos digitais além dos informarizados, como equipamentos de produção audiovisual
Desenvolvem o senso de leitura crítica dos estudantes.
Têm grande potencial para articulação Inter e transdisciplinar dos conhecimentos.

A chegada do Chat GPT chegar às aulas, só pode causar preocupação, se o processo mantiver na lógica das aulas oferecidas a décadas. Na Educação, as aula expositiva, os estudantes olhando a nuca dos colegas, copiando conteúdo da lousa, a fala ser única e exclusiva do mestre, são práticas que não parece alcançar o interesse dos estudantes.

As novas tecnologias chegam e não pedem licença. A Educomunicação está aí para promover a formação para cidadãos críticos, deste e de outros recursos e está aberto a aprender e dialogar com os movimentos da sociedade moderna.

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