Edvaldo Santana é nome do CD. Gravado e lançado originalmente há vinte anos em duas edições pela Tom Brasil e Eldorado, o disco estréia agora nas plataformas digitais com assuntos e sonoridade bastante atuais.
Sua urbanidade periférica fica evidente em canções que retratam as diferenças sociais no Brasil, desde a infância das crianças negras e pobres que são diariamente assassinadas de fome ou de bala perdida, muito bem articulada no dueto com a cantora mineira Titane, na bela “Canção Pequena”, parceria com Akira Yamasaki, até a covardia, intolerância e preconceito das pessoas que formam uma sociedade em plena decadência, que se vangloriam, com atitudes desprezíveis em nome de deus, elegendo políticos sedentos apenas pelo poder efêmero, que agrega, dinheiro, injustiça e fama, esse tema está muito bem desenvolvido no rap canção “Covarde”, escrita por Edvaldo.
Temos ainda uma parceria inédita com Itamar Assumpção em “Blues Caboclo”, a gravação antológica de “Dor Elegante”, genial poema de Paulo Leminski.
A voz do blues brasileiro está presente em “Ruas de São Miguel”, homenagem ao bairro onde nasceu e foi criado na zona leste de São Paulo, parceria com Roberto Claudino e no duelo primoroso com o trompete e o piano em “Sem Cena”, escrita com Ademir Assunção, além da letra de “Beija-Flor”, de Arnaldo Antunes, que encerra o álbum de forma suave com uma melodia tranquila criada por Edvaldo.
Esse disco é repleto de surpresas boas e o bardo paulistano não está sozinho, tem convidados especiais em cada faixa: Oswaldinho do Acordeon-sanfona; Titane-voz; Swamy Junior-violão; Bocato-trombone; Claudio Faria-trompete; Fernando Deluqui-guitarra. Aliados aos grandes músicos: Luiz Waack- co-produtor e guitarra; Mintcho Garrammone-baixo; Ricardo Garcia-percussão; Eduardo Batistella-bateria; Daniel Szafran e Ricardo Cristaldi-teclados; Hugo Hory e Marcelo Mangabeira-saxofones, que se juntaram na inventiva tarefa de lapidarem os diamantes brutos criados pelo artista e seus parceiros.
O projeto gráfico do álbum é de Elifas Andreato, a arte final de Bento Andreato e a fotografia de Abel Fragata
Vinte anos de história de arte de invenção virada de século princípio de milênio choro canção blues paixão levada de violão periférico voz on the rocks caboclo santo louco no samba de trem no aeroporto do paulistanóide na janela da cidade cruzando os nóias na banguela na covardia da polícia na trairagem do vizinho na cena do gemido quando ninguém é de ninguém nas ruas de são miguel dançando salsa na praça com cabral gagarin e bill gates durante o sonho azul do lado zen da vida onde um homem com uma dor é muito mais elegante
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