Publicado em Brasil 247 –
Decorridos quase cinco anos do início da Operação Lava Jato, dos 146 réus que foram condenados por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, somente 34 permanecem presos, incluindo o ex-presidente Lula, mantido como preso político em Curitiba; outros nove réus cumprem pena nos regimes aberto ou semiaberto e dois réus condenados a cumprir a pena no regime fechado já deixaram as celas
247 – Decorridos quase cinco anos do início da Operação Lava Jato, dos 146 réus que foram condenados por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, somente 34 permanecem presos. Outros nove réus cumprem pena nos regimes aberto ou semiaberto e dois réus condenados a cumprir a pena no regime fechado, já deixaram as celas.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, eles estão soltos por terem fechado acordos de delação premiada, por não terem suas sentenças confirmadas em segunda instância ou por terem conseguido decisões favoráveis na Justiça. No caso de Carlos Habib Chater, dono do posto de combustíveis em Brasília que deu origem à operação, e do ex-deputado André Vargas, que já deixaram a cadeia, ele cumpriram um terço da pena e ressarciram os prejuízos causados à Petrobrás.
Entre os que continuam presos estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantido como preso político em Curitiba, o ex-deputado Eduardo Cunha e os empresários Gerson Almada, ex-vice-presidente da empreiteira Engevix, e Sérgio Cunha Mendes, da construtora Mendes Júnior.
Para o professor de Direito Penal da Unisinos, Carlos Eduardo Scheid, contudo, o Ministério Público Federal tem promovido uma espécie de corrida por delações, o que reduz a qualidade da investigação e favorece os envolvidos. “Em vez de aprofundar as investigações, temos visto que há uma profusão de acordos sendo pactuados com alguns criminosos a tal ponto que se pode concluir que o crime valeu a pena para os delatores”, afirma.