Por Érica Aragão, publicado no Portal da CUT –
Organizadas pela Frente Brasil Popular, manifestações, vigílias e panfletagens que pedem #LulaLivre e o direito do ex-presidente ser candidato ocorreram em diversas cidades do Brasil nesta segunda-feira (26)
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O julgamento do mérito do habeas corpus do ex-presidente Lula, no próximo dia 4 de abril, no Superior Tribunal Federal (STF) era o motivo que faltava para os movimentos sociais e sindical que fazem parte da coordenação da Frente Brasil Popular (FBP) iniciassem as mobilizações “Lula Livre” em todo o País.
E os atos já começaram. Na manhã desta segunda-feira (26), no dia em que o Tribunal Regional Federal na 4ª Região (TRF4) negou o recurso da defesa do ex-presidente Lula, vigílias e atos aconteceram em quase todas as regiões do Brasil.
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Em São Paulo, a vigília aconteceu na frente do prédio da Justiça Federal, na Avenida Paulista, pela manhã. “Justiça no Brasil”, “não à perseguição contra Lula”, “processo contra Lula é uma farsa” e “pelo direito do Lula ser candidato” foram alguns dos gritos dos representantes dos partidos, dos movimentos sindical e populares, de moradia e de mulheres, que fizeram uma encenação lavando o chão do prédio do Tribunal com água e vassouras.
“Estão aqui neste ato pessoas que lutam por um país mais justo, por moradia, por direitos dos trabalhadores, pelo SUS, para que se tenha uma reforma agrária, por exemplo. É por isso que a gente defende o Lula. Vergonha são os juízes do nosso Brasil fazendo greve pra manter o auxílio-moradia de R$ 4 mil reais”, disse a secretária de Comunicação da CUT-SP, Adriana Magalhães.
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No centro de Goiânia, movimentos sociais e militantes de esquerda fizeram uma vigília em frente à Justiça Federal com objetivo de denunciar a sistemática perseguição da mídia tradicional e do Judiciário contra o ex-presidente Lula.
“Querem condená-lo por um crime que não cometeu, exclusivamente para tirá-lo da disputa eleitoral”, afirmou a presidenta estadual do PT, Kátia Maria.
Com o tema “Lula Livre”, a Frente Brasil Popular da Paraíba realizou ato de solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mobilização, que teve concentração na Praça dos Três Poderes, percorreu ruas centrais de João Pessoa. Os manifestantes panfletaram e dialogaram com a população sobre a importância de defender a democracia brasileira, denunciar a perseguição contra Lula e defender o direito de sua candidatura a presidente nessas eleições.
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“Nas ruas, percebemos que a população não aceita mais os rumos que o país vem tomando desde que foi tomado por um governo golpista ilegítimo, que vem aplicando uma série de golpes na democracia e na classe trabalhadora”, explicou o dirigente da CUT-PB, Gilberto Paulino, que completou: “nesse sentido, faz-se urgente o fortalecimento de movimentos que levem a informação correta para a população, uma vez que a mídia golpista só tem um interesse, o de perseguir o ex-presidente Lula, colocando em xeque a democracia”.
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Munidos de faixas com dizeres “Lula Livre”, movimentos sociais, sindicais e populares, em frente a Justiça Federal, no Ceará, mandaram um recado para a justiça brasileira. “Aqui nossa mobilização e vigília serão permanentes. Estamos numa luta incessante em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora, além dos diretos de Lula como cidadão”, disse o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira.
Na capital do Pará, a vigília aconteceu em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Organizada pela Frente Brasil Popular de Belém, movimentos sociais e populares conversaram com a população sobre a justiça parcial brasileira e as consequências de uma possível prisão do maior líder brasileiro dos últimos tempos, que não tem nada que prove a suposta culpa.
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“Defender Lula livre é defender a democracia e ser contra a retirada de direitos deste governo golpista. Lula ser candidato é uma esperança que temos de ter nossos direitos, que foram violentamente arrancados de nós, de volta”, defendeu a secretária de Comunicação da CUT Pará, Vera Paoloni.
Em Pernambuco, cerca de 500 pessoas participaram do ato “Lula Livre”, na Praça da Independência, centro do Recife.
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“Continuamos firmes na luta em defesa da democracia e do ex-presidente Lula. Entendemos que o resultado não causou qualquer surpresa pelo TRF 4 de Porto Alegre, um jogo de cartas marcadas. Mas não desistimos e vamos lutar e resistir, porque eleição sem Lula é fraude”, disse o presidente da CUT Pernambuco, Carlos Veras.
No dia da decisão final do pedido de habeas corpus da defesa de Lula pelos 11 ministros do STF, em 4 de abril, novas manifestações estão previstas por todo o País.