Em julho, preço da cesta básica cai em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese

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As quedas mais importantes no custo da cesta ocorreram no Recife, em Campo Grande, em João Pessoa e em Aracaju. A cesta básica mais cara é a da capital de São Paulo

Compartilhado de CUT




 Roberto Parizotti

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Os preços dos alimentos básicos diminuíram, no mês de julho, nas 17 capitais brasileiras em que são realizadas mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com o levantamento, divulgado nesta terça-feira (6), entre junho e julho de 2024, as quedas mais importantes ocorreram no Rio de Janeiro          (-6,97%), em Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%).

Entre os alimentos que tiveram redução está o quilo do tomate, que recuou em 16 capitais. Tanto os preços do feijão como o médio arroz recuaram em 13 capitais. O quilo da batata também caiu, mas em sete das 10 capitais da região Centro-Sul. Já os valores do café, pão francês e óleo tiveram aumento.

De acordo do Dieese, para colocar o mínimo na mesa, a trabalhadora e o trabalhador brasileiro gastou em média, 51% da renda para comprar comida. No mês de junho, eram 54%.

Capitais com maiores reduções

A capital onde que registrou o preço da cesta básica mais barata é Aracaju, com R$ 524,28. Seguida por outras capitais como: Florianópolis: R$ 782,73, Porto Alegre: R$ 769,96, Rio de Janeiro: R$ 757,64, Recife: R$ 548,43, João Pessoa: R$ 572,38. O valor da cesta básica mais cara é capital de São Paulo, com R$ 809,77. 

Comparação

A comparação dos valores da cesta, entre julho de 2023 e julho de 2024, mostra que o custo dos alimentos básicos aumentou em 11 capitais com destaque para as variações de Goiânia (5,82%), Campo Grande (5,54%) e São Paulo (5,17%).

Entre as seis localidades com retração nos preços, sobressaem Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%). Nos sete meses de 2024, 15 cidades tiveram elevação nos preços médios, com variações entre 0,06%, em Belo Horizonte, e 7,48%, em Fortaleza. As diminuições ocorreram em Brasília (-0,63%) e Vitória (-0,06%).

Média do salário mínimo

O Dieese também calculou qual seria o salário mínimo ideal no país para cobrir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O cálculo é feito com base no valor da cesta mais cara.

Segundo o levantamento, o salário mínimo deveria ter sido de 6.528,93 – isto é, 4,95 vezes o valor do mínimo atual (R$ 1.420).

Em julho de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 105 horas e 08 minutos, menor que em junho, quando ficou em 109 horas e 53 minutos. Já em julho de 2023, a jornada média foi de 111 horas e 08 minutos.

Confira a pesquisa completa aqui.

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