Por Manuela Trindade Oiticica, Facebook
Ele não sabe meia palavra em inglês. Em russo, não sabe nem espirrar. A voz rouca não dá pista pro interlocutor entender se o tom é de briga ou compaixão. Mas malandro de Cosmos, desses que fazia gol em trave de vela…
Enquanto meia-dúzia de nós se perdia no metrô de Moscou (somos criados naquele tatuzinho obtuso do Rio), ele tomou um táxi sozinho de volta pro hotel. Na chegada, o chofer cravou: 1.800 rublos, pouco mais de cem reais, prum trecho de no máximo três estações.
Sem vacilar, mandou virar à esquerda pro bar em que tinha estado pouco antes. 1.800 rublos? Chamou a gerente e saiu do táxi berrando “police, police”. Dizem que na hora uma balalaica tocava Aldir Blanc: calotes sem par podem brotar na Rússia ou lá em Água Santa.
E a corrida ficou nos 400 rublos, valor consideravelmente mais próximo do real.
Nota do blog: falou-se acima do grande Alfredinho, dono do Bar Bip Bip, em Copacabana.
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