Compartilhado de Brasil 247 –
247 – O embaixador brasileiro na Índia, André Aranha Corrêa do Lago, alertou oficialmente o governo de Jair Bolsonaro que a vacina Covaxin estava tendo um “processo alegadamente opaco de autorização para uso emergencial” naquele país, segundo reportagem do The Intercept.
O contrato firmado pelo Ministério da Saúde com a Precisa, produtora da vacina indiana, previa compra superfaturada do imunizante. O escândalo político do governo federal envolve também pagamento antecipado de 45 milhões de dólares a uma empresa de Singapura, Madison Biotech, que segundo os senadores da CPI da Covid, é de fachada.
Segundo a reportagem, “o governo ignorou o alerta de André Aranha Corrêa do Lago e continuou com a negociação”.
“O governo já havia empenhado o dinheiro em uma negociação atípica: em vez de negociar direto entre Ministério da Saúde e laboratório, os contatos estavam sendo feitos com intermediários. O pagamento foi bloqueado no último minuto pelo servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, que disse ter desconfiado de um esquema de corrupção”, lembrou o The Intercept.
O servidor, que denunciou, junto com seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM), o esquema do governo Bolsonaro à CPI da Covid, neste domingo, 27, foi bloqueado pelo sistema do Ministério da Saúde. Ele é servidor de carreira e está sendo perseguido pelo governo após denúncias. Além disso, Bolsonaro já acionou a PF contra os irmãos Miranda.