Por Denise Assis, do Jornalistas pela Democracia, compartilhado de Brasil 247 –
Denise Assis, do Jornalistas pela Democracia, relata a entrevista feita com Celso Amorim sobre o discurso de Lula neste 7 de setembro. “Foi um discurso propositivo, com uma clara linha de defesa da soberania, do interesse nacional, da distribuição de renda para os trabalhadores, tudo isto bem encadeado com o que está acontecendo”, disse o ex-chanceler ao 247
“Oportuno, necessário, significativo”, são apenas três dos muitos adjetivos usados pelo ex-chanceler e ex-ministro, Celso Amorim, que serviu aos governos Lula e Dilma, – firmando mundialmente a imagem do país como nação soberana, com uma política externa ativa e altiva, como costuma definir-, para opinar sobre o discurso proferido à rede de mídias progressistas, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta tarde.
Lula se dirigiu ao país, no dia que deveria marcar a data da Independência do Brasil, lembrando que sob o governo atual o Brasil perdeu o protagonismo e adotou uma posição de subserviência. Dirigindo-se aos trabalhadores, mulheres, índios, negros, à Nação, enfim, exortou a todos a se manterem unidos pelo ideal de liberdade e independência, conforme destacou o embaixador Amorim.
“Foi excelente, não é?”. Assim, com entusiasmo, invertendo a posição de entrevistado em entrevistador, ele atendeu à ligação do 247, para se posicionar sobre o que acabara de ouvir. “Foi um discurso propositivo, com uma clara linha de defesa da soberania, do interesse nacional, da distribuição de renda para os trabalhadores, tudo isto bem encadeado com o que está acontecendo, como a questão dos negros, das mulheres e dos indígenas. Muito bom!”, comemorou.
Em sua fala, o ex-presidente deixou transparecer que se coloca como um candidato natural à presidência da República em 2022, mas na visão de Amorim, o fez “de uma maneira muito cuidadosa”. E emendou: “ele não precisa se lançar candidato. Ele é o candidato natural”. O embaixador revelou que enquanto ouvia Lula discursar, pensava consigo: “gente, o que as pessoas, mesmo da elite, deveriam pensar neste momento? Que este é o Brasil. Este é o homem que traz a razão, que traz a tolerância, que traz, inclusive, ainda que fazendo a defesa dos trabalhadores de maneira firme, ele é quem traz a visão de conciliação, de amizade, de Pátria. Muito apropriado para o dia de hoje”.
Amorim questiona sobre quem está, atualmente, trazendo esse discurso de carinho para com o Brasil? “Ele traz isto. O outro está falando dos interesses dele. Lula destacou o papel das Forças Armadas na proteção do espaço aéreo, falou de América Latina, falou de África, e de países em desenvolvimento. Falou da intromissão estrangeira aqui, falou de tudo. E falou uma frase – ele que sempre foi um defensor das liberdades -, que é muito verdadeira: “o cidadão não é livre se o estado em que ele vive não é livre”.