Embaixador da China pede explicações ao governo sobre declaração racista de Weintraub

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Compartilhado de Jornal GGN

Ministro da Educação de Bolsonaro publicou texto junto com um quadrinho brasileiro da Turma da Mônica ironizando a China e o modo de fala dos chineses

Embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. | Foto: Adriano Machado/Reuters

Não é novidade as provocações de membros do governo Bolsonaro soltas a torto e a direito nas redes sociais. Dessa vez, Abraham Weintraub usou sua conta no Twitter para ironizar a China. Em reação, o embaixador chinês, Yang Wanming, pediu uma declaração oficial do governo brasileiro sobre o ato racista do ministro da Educação.




Yang Wanming também se manifestou pela rede social e disse nesta segunda, 6 de abril, que “o lado chinês aguarda uma declaração oficial do lado brasileiro sobre as palavras feitas pelo min. da educação [Abraham Weintraub].

“Nós cientes de que nossos povos estão do mesmo lado ao resistir às palavras racistas e salvaguardar nossa amizade”, completou o embaixador ao marcar o Ministério das Relações Exteriores na publicação.

No sábado, 4 de abril, Weintraub publicou texto junto com um quadrinho brasileiro da Turma da Mônica, de Maúricio de Souza, ironizando a China e o modo de fala de chineses que tentam pronunciar palavras em português. O texto usou características famosas do personagem Cebolinha, que ao falar troca a letra ‘r’ por ‘l’.

“Geopolíticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?”, dizia o tuite, que foi apagado pelo ministro.

Antes de exigir explicações do governo brasileiro, a Embaixada da China no Brasil se pronunciou criticando o ministro. “Deliberadamente elaboradas, tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil. O lado chinês manifesta forte indignação e repúdio a esse tipo de atitude”, diz o comunicado da Embaixada.

Vale lembrar que esta é a segunda vez que membros do governo Bolsonaro atacam o país asiático, que têm relações com o Brasil. Em março, o filho de Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, disse que a China era a responsável pela  pandemia do novo coronavírus e comparou a situação com o acidente nuclear de Chernobyl.

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