Por Fabiano Portilho, publicado no Jornal I9 –
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Uma lista apreendida pela Polícia Federal (PF) na casa de Alberto Youssef mostra que os negócios do doleiro da Operação Lava Jato não se limitavam à Petrobras. A lista, revelada pela revista Carta Capital, mostra que Youssef, por meio de empresas de fachada, intermediou negociações entre construtoras e empresas públicas e privadas.
Na lista dos mais de 750 clientes de Youssef, além das construtoras citadas na Lava Jato aparecem cerca de cem empresas. A Delta Engenharia, o Grupo Shahin, a IHS Engenharia, a Potencial Engenharia e a CR Almeida estão entre as empresas que teriam sido representadas por Youssef nas negociações.
Tal Pai, Tal Filho…
A empresa paranaense CR Almeida S/A Engenharia de Obras financiou as campanhas do Deputado Federal Fernando Francischini e de seu filho Luis Felipe Bonatto Francischini que se candidatou a Deputado Estadual. Ambos venceram as eleições no estado do Paraná e receberam R$ 360 mil da empreiteira Paranaense.
A CR Almeida esta sendo investigada por dois escritórios de advocacia contratados pela Petrobras, para investigar a empreiteira sobre supostos superfaturamentos e irregularidades em contratos da estatal, em duas obras comandada pela empresa paranaense foram encontrados sobrepreço. São elas: Oleoduto de Angra dos Reis – Duque de Caxias e Canalização do Rio Cabuçu. A denúncia será encaminhada ao MPF.
Em Tempo, a CR Almeida esta no olho do Furacão do Cartel do Metrô em SP, comandado pelo PSDB
Os Executivos de consórcios integrados pela CR Almeida S/A Engenharia de Obras, pela OAS S/A e pela Queiroz Galvão foram denunciados em 2012 por suspeita de fraude e formação de cartel na licitação para ampliar a linha 5-lilás do Metrô de São Paulo. No total, 14 funcionários de 12 construtoras foram denunciados no caso.
Da 7ª Fase da Operação Lava Jato desencadeada na sexta-feira (14) só os executivos e funcionários da Construtora OAS e Queiroz Galvão foram presos na nova fase. Com essa investigação interna da Petrobras, à empresa paranaense CR Almeida S/A Engenharia pode fechar o ciclo de corrupção e de sociedade com as empresas do consórcio do Metrô de São Paulo.
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