Publicado em Viomundo –
Nunca entendia essa situação. Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela por que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada por ele, não estava fisicamente na embaixada? Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo. Eduardo Bolsonaro, ex-futuro embaixador do Brasil nos Estados Unidos, justificando a invasão da embaixada nas redes sociais.
O bolsonarismo aliado ao autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, promoveu uma tentativa de invasão da embaixada em Brasília.
É o que dizem diplomatas leais ao governo de Nicolás Maduro.
O ato de militantes de cerca de 20 militantes de extrema-direita recebeu respaldo oficial do clã Bolsonaro, inclusive do ex-futuro embaixador do Brasil em Washington, deputado federal Eduardo Bolsonaro (ver mensagem acima).
Os deputados federais Glauber Braga (Psol-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS) foram à embaixada.
Testemunharam a conversa entre o encarregado de Negócios Freddy Meregote e um representante do Itamaraty.
Meregote denunciou que um carro foi atravessado na saída da embaixada, provavelmente para evitar a retirada de pessoas e documentos.
Disse que o ato foi organizado.
O representante do Itamaraty negou, mas é impossível saber se o governo Bolsonaro forneceu informações de segurança aos militantes através de canais irregulares, nem quais eram os objetivos deles.
A tática de atravessar automóvel para bloquear saída é de guerrilha ou de órgãos de segurança que atuam na clandestinidade, através de intermediários.
Milicianos ligados a Bolsonaro e Guaidó atuam nas redes sociais.
No golpe da Bolívia, a suspeita é de que o governo brasileiro tenha dado apoio ao golpe dos opositores Carlos Mesa e Luis Fernando Camacho, através de esquemas de disseminação de fake news nas redes sociais, como aconteceu no Brasil em 2018.
No vídeo abaixo, o encarregado de Negócios afirma que os invasores continuam dentro das instalações da Embaixada, o que tem o potencial de causar um incidente diplomático internacional.