Enchentes no Sul, um ano depois

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Por Oscar Valporto, compartilhado de Colabora

Entre o final de abril e o início de maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou o pior desastre socioambiental da história do estado. Mais de 95% dos municípios foram afetados e 184 pessoas morreram. Cidades inteiras foram devastadas pela água e muitas famílias perderam tudo.




Um ano depois das enchentes, #Colabora mergulha nos impactos e nas marcas dos eventos extremos para mostrar as encruzilhadas enfrentadas por pessoas afetadas pelas enchentes, as incertezas das comunidades diante da crise climática, as dúvidas levantadas no trabalho de reconstrução, além da situação de animais resgatados e lições dos povos tradicionais do Rio Grande do Sul para o futuro

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As enchentes de 2024 marcaram a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, com a morte de 184 pessoas – entretanto, o período prolongado de chuvas intensas foi uma exceção em meia década onde o estado vem enfrentando outro evento extremo: a seca.

Desde 2020, cidades gaúchas vêm enfrentando períodos incomuns de estiagem, com impactos na produção agrícola, na pecuária e até no abastecimento de água. Em 2022, o número de municípios com decretos de situação de emergência provocados pela seca extrema chegou a 415 (mais de 80%); em 2023, foram mais de 350 com emergência decretada. Agora, em 2025, a estiagem prolongada já resultou, até 20 de abril, em 312 municípios gaúchos com situação de emergência decretada.

Os meteorologistas explicam que o clima no Rio Grande do Sul está condicionado a três fatores: as condições de temperatura das águas do Pacífico Equatorial – impactadas pelos fenômenos La Niña, que resfria as águas, e El Niño, que esquenta -, temperaturas das águas do Oceano Atlântico, principalmente na costa, e concentrações de gelo da Antártica. “Nós estamos vivendo uma época de intensificação dos extremos. E quando a gente fala intensificação de extremos, a gente fala intensificação de eventos de precipitação extrema, como aconteceu ano passado, e também de falta de precipitação, como está acontecendo agora e também aconteceu em anos anteriores. Tivemos extremos de temperaturas altas e ondas de calor, como a gente passou recentemente aqui no Rio Grande do Sul”, explica a meteorologista Eliana Klering, professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

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