Por Eider Dantas Do O, via Claudia Mortari Schmidt –
Encontrei um grande Engenheiro, com menos de 5 anos de formado. Contou-me que, de sua turma, menos de 10% estão empregados. Disse-me que em setembro irá para a Europa e não pretende voltar.
Encontrei outro grande Engenheiro, com 15 anos de formado. Contou-me que nunca pensou que, com sua formação e experiência, pudesse passar mais de um ano desempregado. Disse-me também que em setembro irá para a América do Norte e que não pretende voltar.
Encontrei ainda uma grande Engenheira, com aproximadamente 30 anos de formada, assim como eu. Lembrou de colegas comuns, todos eles referências em suas áreas de atuação, a maioria desempregados. Está na Ásia, veio somente passar alguns dias no Brasil para rever a família e não se vê mais de volta ao Brasil.
Eis a triste realidade enfrentada por todos nós Engenheiros, resultado da destruição da Engenharia Nacional, da perseguição jurídica que sofremos e do Golpe de 2016.
Enorme perda para o país. Levaremos anos para recuperar o desperdício de tão grande cabedal de competência.
Talvez nunca consigamos fazê-lo por completo.