Essa Bossa Nossa de ser jovem em Paquetá

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Por Washington Luiz de Araújo, jornalista

Espetáculo sob caramanchão de Paquetá mostrou que somos jovens há muito tempo




“Se você quando jovem teve a sorte de viver em Paris, então a lembrança o acompanhará pelo resto da vida, onde quer que você esteja, porque Paris é uma festa ambulante” (Hemingway).

No dia 02 de julho, lembrei que, assim com a Paris de Hemingway da década de 20 do Século 20, Paquetá é uma festa nesta década de 20 do Século 21. Mas, enquanto o escritor dos Estados Unidos se reporta aos jovens para falar da festividade da Paris daquela época, nós, de Paquetá, mostramos que a juventude está também nas veias daqueles que vivem acima de 50 anos, com um bom número depois de 60.

Sim, pois a população da nossa Ilha vive como se estivesse no filme Cocoon, no qual aposentados encontraram a fonte da juventude numa piscina de um hotel. No nosso caso, pode ser que as águas da Baia da Guanabara e as pedras em volta da Ilha é que nos rejuvenesçam… Tudo isso para dizer que as festas culturais vividas em Paquetá têm a ver, muito, com a vivacidade de sua população longeva.

Todo o grande parágrafo acima é inútil quando passamos poucas horas em Paquetá. Não precisa escrever, é só viver. E vivemos no sábado, com festividades como a do Dia de São Pedro, com teatro sobre cordel, com show de Bossa Nova e lançamento de livro de cordel sobre a vida artística do jovem octogenário Chico Buarque de Holanda.

Hoje, fiquemos com o show “Essa Bossa Nossa”, no caramanchão remoçado da Praia dos Tamoios, que batizamos de Leila Martins, sem perguntar ao poder público, mas com  autoridade de povo, pois é amiga que muito luta pela cultura e pelo humanismo na Ilha.

Teclei muito. Então vejam o que diz outra ativista cultural de Paquetá, Neusa Matos, a amiga Neusinha, num texto ficha técnica com lirismo:

“Sob o caramanchão, em uma noite sem luar, mas iluminada pelo brilho da música, fomos envolvidos pela magia da bossa nova. Claudio Motta, com sua voz suave, encantou a plateia, enquanto Edson Barbosa, ao violão, tecia melodias com maestria. A flauta de Sueli Faria trouxe um toque de leveza, e o contrabaixo de Gulé forneceu uma base rica e profunda. Mauro Guerra, na percussão, adicionou ritmos sutis que completaram a harmonia perfeita.

Cada nota e cada acorde criaram um ambiente de pura beleza e serenidade, tornando a noite inesquecível.

A ausência da lua no céu foi compensada pelo brilho da música, que iluminou a noite e aqueceu nossos corações.

Foi uma experiência inesquecível, uma celebração da bossa nova em sua forma mais pura e bela.”

Já Cláudio Motta, cantor, compositor e idealizador desta bela noite, afirmou: “Vivemos uma noite muito especial, estreamos o Caramanchão como espaço de manifestações culturais na Ilha de Paquetá.  O show Essa Bossa Nossa foi um grande sucesso, especialmente por recebermos um público generoso, educado e atento. Obrigado a todos!”

Vamos a alguns vídeos desta noite em que, talvez, o caramanchão foi mais frequentado. Vejam que até os cachorros acompanharam o espetáculo, de forma não muito ritmada.

E viva a arte!

Assista aqui alguns vídeos da apresentação:

“Agua de Beber” com a participação especial de Jorge Roberto Martins, Jorginho.

Vídeos acima realizados por Washington Luiz de Araújo, Já o vídeo abaixo foi feito por Neusa Matos, com edição de Cláudio Motta

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